Vejo a sombra densa do seu olhar,
te percebo melhor assim do que em um dia ensolarado, no campo livre verde, ao sabor do vento.
Seu semblante enigmático me revela parte, e somente
uma fração de seu ser, mas penso se queres que te veja ou mostra-me somente o que intencionalmente constrói para minha interpretação.
Sua realidade não pode ser a minha, a verdade que pretende impor a mim, me aprisiona, mesmo estando ciente disso.
O que vejo, acho que constrói, quando também acho que você me cedeu as ferramentas, e se assim for, minha construção é sua obra e não minha, usou-me, me escravizou.
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