Quem bem souber esperar,
Com paciência e muito amor,
Um dia, vai-se encontrar
Juntinho a Nosso Senhor.
Quem desafia o Senhor,
Não percebendo o que faz,
Não poderá ser chamado
De pequeno bom rapaz...
Este amor que estou sentindo
Por Jesus, José, Maria
Vai agora transformando-se
Em amor de mais valia.
Preciso desvencilhar-me
Deste grande medo atroz,
Para poder ajudar-me,
Bem assim a todos vós.
Caminhando com Jesus,
Teremos grande poder,
Nunca mais hesitaremos,
Ao procurarmos vencer.
“— Que belos versos, amigo!”,
Espero um dia escutar,
Para poder aos mentores
Meus parabéns vir a dar.
Quando vem nascendo o dia
E desponta o Sol, augusto,
Qualquer trovão ou relâmpago
Causam-nos o maior susto.
Assim é que deve o amigo
Reagir perante os vícios,
Que são marcas indeléveis,
Não são simplesmente indícios.
Quando o bom dia, ao nascer,
Revela este sol benigno,
É hora de agradecer
Com um gesto muito digno.
Rezo com muita esperança
De poder ver, algum dia,
O amigo médium dizer
Estar cheio de alegria.
Resultado deste esforço,
A pequena rima acima
Está p’ra nos indicar
Um bem que muito se estima.
Cada macaco em seu galho
Não ousa o “mestre” dizer,
Com medo de ficar claro
Para a poesia esquecer.
É um insulto, caro irmão,
Teimosia elementar,
Ficar extraindo leite
De simples clarão lunar.
Dizem que a Lua formosa
Se veste com todo o brilho,
P’ra saudar, mui venturosa,
O nascimento do filho.
Realmente, caro amigo,
Se prosseguir desse jeito,
Breve teremos alguém
P’ra deixar preso num leito.
Está o hospício repleto
De quem, um dia, tentou
Saber se valia a pena
Poetar.; mas endoidou.
Reaja, caro irmãozinho.;
Escute a voz da razão:
Dê sossego à sua mente
E paz a seu coração.
Evite deambular,
Sem destino pela rua:
Você só irá encontrar
Quem lhe vá “meter a pua”.
Não lhe parece bem claro
Que tudo está piorando,
Pois o que era promessa
Hoje vai degringolando?!...
Não repare em nossas dicas,
Porque só estamos treinando.
Se você for observar,
Verá que está melhorando.
O verso de pé quebrado
Vai ficar só no rascunho.
P’ra que possa melhorar,
Algo faça de seu punho.
Hoje está capenga o dia,
Sem algo que possa ser
Deveras reconhecido,
Para este esforço valer.
É tarde para iniciar
Outra mensagem de amor:
Fique só na última prece
Endereçada ao Senhor.
“Meu Pai!” e “Graças a Deus!”
São expressões tão bonitas.;
Por que deixar as mãezinhas
Aflitas.; mas tão aflitas?!...
Os caminhos de Jesus
Merecem ser palmilhados,
Com amor e muita fé
Em que seremos lembrados.
Até ontem parecia
Que tudo iria dar certo.;
Hoje tão-só suspeitamos
Que nem tudo está tão perto...
Vou terminar por aqui,
Não insistindo demais.
Quem sabe, num outro dia,
Realize muito mais.
Estou bastante inseguro.;
Não sei se devo parar:
Porque, se der outros passos,
Não vou sair do lugar.
Estas são preocupações
De quem não deve respeito
Pela presença do amigo
Mais chegado junto ao peito.
Quantas devem ser as vezes
Que lhe iremos escrever
Estes punhados de frases,
Sem que ninguém chegue a ler?
Eis a mais sábia pergunta
Que devemos dirigir
Aos nossos irmãos do etéreo
Que não querem se afligir.
Não vou parar por aqui.
Vou seguir até o fim,
Pois espero, para breve,
Que bem olhem para mim.
Sei bem que, um dia, disseram
Que “capim” rima com “mim”,
Mas não vou continuar,
Pois isto não terá fim.
Cada vez que escrevo um verso,
Mantenho a falsa impressão
De que tudo irá dar certo,
Mas sempre fico na mão.
As pobres rimas em “-ão”
É o que há de mais comum,
Parece que se fizeram
Sem seguir critério algum.
É hora da despedida,
Pois cheguei ao fim da folha.
Vou deixar para amanhã
P’ra ver se extraio esta rolha.
Caro amigo Wladimir,
Está cada vez melhor,
Pois será sempre oportuno
Dar-lhe estímulo maior.
Estas últimas quadrinhas
Estão bem melhor ditadas.
Vê se você pega o ritmo,
P’ra serem aproveitadas.
Os bons amigos poetas
Não estão interessados.
Talvez sejamos capazes
De repentes engraçados.
Nossa última tentativa
Não chegou ao seu final,
Mas esta ao menos promete
Que digamos: “— Menos mal...”
Faltam só mais duas quadras,
Pois é o espaço que temos.
Está tudo reservado,
Conforme a lista que vemos.
Adeus, mui querido amigo!
Voltaremos amanhã,
Talvez com céu descoberto,
P’ra brilhar Aldebarã.
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