Sempre que lembrares
dos teus sonhos bem cedinho,
lembre-me para contá-los
para outros sonos.
Seu olhar sempre brando,
seus gestos tão pulsilânimes,
um sorriso de mãe compactuando
com seus filhos coisas tão doces.
E aquele alvorecer? - indagou algum homem.
Parece não saber o que procura.
Quero ouvir as portas deste coração,
os gemidos de uma pouca averbação,
os suspiros de uma náusea bicorpórea.
Minha amiga, tu sabes como todos
nós desses desejos. Café com flores,
chuvisco de pétalas embriagando o
escolhido, encolhido em tua cama.
Não há nada que substitua esses
detalhes de nossas vidas.
Falava a pouco de ti. Onde estará
então o "quê" eu perguntava ( quem era!?)
quando falei sobre "lembrares dos
teus sonhos de manhã", embora seja eu.
Foi só um arco-íris de desejo,
um gesto de carinho,
um percalço no destino.
Não te esqueças de gostar de novo -
isso mesmo, no futuro.
Ele virá...
Você verá
Amanhã... |