E que em sua rota normal provocam aguaceiros e trovões
Sei que são portadoras algures de céus límpidos e de horizontes azuis
Capazes de ditar cósmicas harmonias
Atenho-me à travessia de simples cibernauta
Que se movimenta e expressa
Agarrado às palavras que assestam baterias numa direção
Palavras que carrego feliz porque me impressionam
Me ensinam me fazem pensar e responder
Palavras que me mostram poemas de amor
De entranhados sentidos
Elaborados pela tua capacidade de leitura
Dos grandes mundos que referem a relação
Deste meu mundo com o teu
Palavras engenhosas e eletrizantes que aproximam tua alma da minha
E diluem no espaço as tendências de corpos desejosos de aventura
Porém sempre represados nas carcaças dos espaços e tempos impostos
Que correm à margem da poesia
Palavras que formam a espinha dorsal de nossos poemas dialogantes
De aproximação de singularidades
Poemas que não se perdem nos espaços infinitos porque retêm uma retórica de proximidade cercando Palavras de autoria com outras palavras de sentido que viajam em direção aos sujeitos pressupostos nos versos
Aqui em minha cidadela há versos
Mas há uma alma específica que me ilumina
Talvez uma musa-rainha ou uma fada de destinos
Com um coração em expansão e uns olhos mágicos
Me ditando sensações que me articulam na direção do diálogo em propósitos indefinidos.