Oh... Que bom, que bâlsamo teres voltado
Em verso aspergido belo e alongado
Que me faz sentir a ti colado
No banho perfumado das palavras...
Sabes... Tinha saudades tuas...
Perdoa... Estava equivocado...
Não fui para ti justo nem leal
Nem me desculpo... Só fiz mal
Mas sinto-me em delírio... Perdoado!
Lúcifer e Vésper?!
Tu sabes... Não são nada...
Mas palmilho entre os dois vícios soezes...
Sou um corpo com a alma arrancada
E deixo-me afundar algumas vezes...
Voltaste... Enfim és a jangada
Que vejo a passar ao meu alcance...
Deixa-me entrar antes que dance
Nas vagas de maré tão alterada...
Se for contigo
Em breve as palavras serão mel
E ancoraremos por aí nalgum vergel
Onde o sol me ponha a cor a gosto...
Sim?! Oferecer-te-ei umas sandálias novas
E de mim inteiro todas as provas
Para jamais precisar de pedir perdão...