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Discursos-->Uma Carta Para o Denison -- 18/03/2002 - 17:45 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Fazendo referência ao artigo “Para Você, Big Usinher”, e tentando responder ao quesito “Que tem razão”, sob a blindagem de veículos, enquanto não chega a paz, vale ressaltar a importância do assunto para os nossos dias. Tema que, salvo melhor entendimento, caminha na mesma direção da distribuição de seringas descartáveis para os usuários de drogas e, da mesma forma, de camisinhas para minimizar os riscos do HIV nas relações sexuais. É um problema de nossos tempos? Sim. Tem solução? Sim. Mas não a curto prazo.

Blindar significa revestir algo de chapas de aço, de couraças. Na verdade, e com a objetividade do dicionário, é o mesmo que “por ao abrigo”, “proteger”. Sou de opinião que, de forma isolada, tais campanhas são prejudiciais e, de certa, fazem apologia ao que está errado, ressaltando, tão somente, a preocupação com o lucro.

Não existe na mensagem a preocupação com o outro lado da questão, que seria uma cobrança de ações paralelas de quem tem a responsabilidade para resolver o problemas, no caso governo e sociedade, juntos, de mãos dadas. E, não, simplesmente, para vender “paliativos”, empurrando as soluções para mais tarde. Ou para nunca.

Emergencialmente, não temos outra saída. É preciso, evidentemente, fazer o “boca-a-boca” para salvar o afogado. Mas isso, só enquanto a ambulância não chega para levar a pessoa para o hospital, local onde ela terá tratamento definitivo para o seu problema.

Diferente da blindagem. Que é, inclusive, discriminatória. Pois o pobre, a maioria, que não nem automóvel, é a própria blindagem, a própria couraça, que recebe os tiros da violência, das balas perdidas, e acaba morrendo. O governo tem que apresentar as soluções, urgentes e viáveis, conclamando, também, a sociedade, dizendo, com clareza, como ele, o governo, e a população, poderão atuar para evitar ou diminuir todas as formas de violência.

A blindagem maior, portanto, é da competência do governo, a quem compete, por força da Constituição, dar segurança, proteger à sociedade. Não adianta, portanto, e apenas, dizer que o cigarro é prejudicial à saúde. É preciso dar condições de ajuda efetiva aos que queiram deixar de fumar. E, mais adiante, proibir a produção e distribuição dessa droga lícita. Se não, daqui a pouco, tudo será lícito. Basta ter dinheiro para blindar (proteger-se) dos seus males. E o governo ficará, eternamente, distribuindo camisinhas e seringas descartáveis, ao invés de blindar a ignorância do povo, com investimentos pesados em educação, gratuita e de boa qualidade, a fim de evitar ou diminuir a violência. Do contrário, as empresas continuaram brindando os clientes privilegiados com suas blindagens, e o povo, de pé, nas filas dos hospitais, costurando a couraça de seu corpo esburacado pelas balas perdidas da falta de bom senso.


Domingos Oliveira Medeiros
18 de março de 2002
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