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Poesias-->QUARTA-FEIRA -- 12/07/2003 - 14:57 (LUIZ ALBERTO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A festa acabou

E não houve nenhum barulho na madrugada



A rua pisunhada em honra de Pã

Homenagem a Baco



A festa do povo passou



Neste dia

Eu te ofereço minha carne em holocausto

Neste luar que azula a escuridão



As ruas do pretérito caboclinho do Rabeca

O reluzente estandarte da Virgem Guadalupe

E a extinção de Tupác Amaru

Até sua descendência em quarto grau



Tudo apaixonadamente vivo

Tudo delirantemente sentido

Tudo escandalosamente passado a limpo



Contaminados se foram os cultores do pecado original

Do hedonismo

E do rig-veda



Hoje o morto carrega o vivo

E ontem de noite correu bicho em Matriz de Camaragibe

E anteontem o bufo inspirou Zé da Justa prá afinar a orquestra

E a Fubana dos artistas, varrida de sonhos,

Impetrava um calor nas reentrâncias das senhoras



E a folia fez-se noite

E a folia fez-se dia

Permita Deus

E este mês seja só carnaval



Dentro de mim passou a folia do planeta

Com seus trogloditas modernos

E o assoalho é só excrementos da festa

Da casa vazia

O reino dos fantasmas



Saia do sereno,

Saia do sereno,

Saia do sereno que esta frieza faz mal



Então o silêncio

E o meu sacrifício de Odin:

Apenas água para beber

E braços para solidários



Tudo cinzas



E não fiz abstinência da carne

Nem interdição dos sentidos



A minha impulsividade e o suntuoso e o inexprimível

Um dia tão grande no desvario do frevo



Não quero penitência

Estou debilitado pelo incenso inebriante de mulher

Que dorme oculta no deleite do meu travesseiro



Tudo viverá enquanto meu verso existir

O bar, a noite, o cigarro e a solidão



O poeta morreu terça-feira

E eu sigo inquieto

O amor assim que deveria ser: a vida!



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