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Poesias-->CULTO DA ROSA -- 12/07/2003 - 14:36 (LUIZ ALBERTO MACHADO) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ah! Minha alma da vida

Rainha das flores de Safo que semeia a beleza



Sou teu inseto que te leva o grão de pólen

Teu adepto mais fiel



És o flagrante anímico de Deus

Herbácea perene, deusa dos meus sonhos

Perfume mais fino que possa existir

Teor mais metafísico dessa imanência



Quero sentir o teu mais leve olor

Quero alcançar teu gineceu,

Tua beleza incomparável,

Tua variante trepadora,

Tua instalação divina nos jardins,

O teu etéreo emanar



Quero a de Sharom

Santificada por Salomão no Cântico dos Cânticos



A realeza da de Hélios

A das sessenta pétalas dos Jardins de Midas que figuraram nas armas dos heróis da guerra de Tróia



Quero as que desapareceram dos jardins suspensos da Babilônia



A das águas que Vênus embalsamou o corpo de Aquiles



A que coroou o soldado romano após a queda de Cartago



A que é Príncipe Negro, o negro que é vermelho bem escuro

Quero a da Santa de Viterbo, a que fora proibida pelo pai de dar esmolas aos pobres



Quero a Chá, Sinensis, a mais antiga oriunda da China



A Azimutal Sideral que auxiliou a navegar o Índico sob as estrelas de distancias polares no rumo do horizonte



Quero a dos gregos, nos rumos da Torre dos Ventos, chamada Rhodon



A Rústica de Giulio Cesare Cortese



A que o lapidário inspirado homenageia a Holanda ou Antuérpia, para encher os olhos do polidor de diamantes



A Mística, santificada de Isabel,

A Santa-Maria,

A da chuva do Vaticano,

A das meninas recém-nascidas



Quero a que Tagore poetou:

“passando de folhas para flores porque começaram a amar.”



Quero a do Ouro do Papa Gregório II

A da Raínha Josefina

A das Pedras no quintal

A que o rodólogo, exímio amante, multiplica com sua dedicação



A Azul utópica

A de Hildesheim, de mil anos,

A da guerra de York e Lancaster

A de Joaquim Fontes que está comigo



A Gallica, de propriedades medicinais,

A de Malherbe

A dos tesouros da moura encantada que não desmente o que promete nem retoma o que dá



Quero a Malvácea Aurora em sua metamorfose durante todo o dia até sabê-la amor-de-homem



A Brinco-de-Raínha

A Malva

A Super-Star

A do monte dos Alpes



A Altéia que me cura com seu amor e ainda me farta a fome, a Geleia Rosela, a Caruru Azedo



A de Lima, a primeira santa nativa do continente americano, simples deidade peruana



A de Bokor e a jovem princesa apaixonada pelo oficial japonês no extinto cinema cambojano



A da cachaça com erva doce, canela em pau, cravo e calda grossa de açúcar: a do Sol



A dos Ventos do lirismo erótico da poeta uruguaia Juana Hernandez de Ibarbourou, a Juana de América



Quero a de Yeats, o homem que sonhava com o país das fadas e escrevia versos para quando você ficar velho



A de Engandi, nos versos que viraram estudo psicozoológicos do guatemalteco Arévalo Martinez



A de Cem Folhas do poeta galego Ramon Cabanillas



A da Cruz do poeta russo Blok



Quero a de Luxemburg com o sonho abatido a bala



A do Povo de Drummond



A de Raoom



A rosa rosa

Todas numa só que é uma só



A rosa



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