Tinha três galhos fortes. O primeiro ajudava a impulsionar para o segundo e o segundo para o terceiro. No pé tinha muita goiaba, algumas bichadas. Mas eu nem ligava. Comia assim mesmo. De cima, avistava as galinhas a por seus ovos ou a corres atrás de outras que chegavam perto dos seus pintinhos. Às vezes, havia um fogaréu que queimava as castanhas. Quando enjoávamos das goiabas, descíamos e pedíamos para a Norminha queimá-las. Ela fazia todas as nossas vontades. Era uma festa! As castanhas eram uma delícia.
Certa vez, comemos tanto que ficamos empanzinadas. Tudo que fazíamos era exagerado.
Mamãe chegada à porta e gritava pelo nosso nome para tomarmos banho. Ela gritava tão alto que uma vez cheguei até a ela e pedi-lhe que me chamasse baixinho que eu a ouviria. Ela me olhou com um olhar repreendedor e me afastei um pouco. Quase pedindo desculpa.
Gostava de jogar futebol e pescar nos diques. Sempre perdia a isca e a vara por conta das moreias. Quando ela estava a preparar o almoço, pedia-lhe sempre um pedaço de carne para fazer de isca. Isso tudo era aos sábados e domingos. Durante a semana, acordávamos às 05:00 da manhã ao som da manhã da saudade no rádio. Ficava tão empolgada para ir à escola. Tinha muitos amiguinhos. Não faltava um dia sequer.