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Poesias-->INSEGUROS E MADUROS -- 01/07/2003 - 10:41 (Cleide Yamamoto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
INSEGUROS e MADUROS





Maduros... Vividos... Experientes...

Será que somos?

Inteligentes... Profissionais... Sabemos de tudo...

Será que sabemos mesmo?

Inseguros... Frágeis... Medrosos...

No amor assim somos.

Medo de amar... Medo de se entregar... Medo da desilusão.

Inseguros de saber se ainda somos capazes de amar.

Inseguros ao pensar se o outro pode me amar.

Inseguros de não saber se sabemos lidar com esse sentimento.

Na juventude tudo é mais fácil... Se entregar, amar...

E se não der certo o coração logo se cura...

E partimos para outra aventura.

Mas quando somos maduros, tudo muda...

O coração é mais frágil a todos sentimentos.

Tudo é mais intenso... É mais forte.

O amor tem maior força...

E a desilusão pode nunca mais encontrar a cura.

Talvez seja esse o motivo... Da insegurança e do medo que sentimos.

Medo de sabermos que não temos mais o frescor da juventude, em nosso corpo em nosso rosto.

Insegurança de achar que o outro não vai aceitar nossos vícios, costumes e defeitos. Que ao longo de nossas vidas ganhamos.

Medos e inseguranças tolas sentidas por nós maduros.

Somos maduros é verdade... Ganhamos algumas rugas, alguns cabelos brancos, e em alguns uns quilinhos a mais...

Mas temos o outro lado... Temos mais experiência...

Sabemos o que queremos e o que pode nos trazer a felicidade.

É só aprendermos a lidar com nossa insegurança.

Temos que lembrar da juventude, onde nós corríamos riscos, mesmo que ás vezes algo não desse certo.

No amor nos entregávamos sem saber se era para sempre.

Somos homens e mulheres maduros... Sim somos...

Mas ainda com um coração vibrante...

Com uma alma cheia de sonhos...

E um corpo que sente vivo os desejos...

Então porque não viver? Então porque não se arriscar no amor?

Se justamente é o que precisamos para afastar a solidão e nos fazer sentirmos vivos.

Arriscando tudo em um novo amor...

E encontrar novamente a nossa juventude, esquecida lá atrás no tempo.



Cleide Yamamoto.



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