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cronicas-->Navegar -- 22/11/2002 - 11:38 (Leonardo Andrade) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Navegar

Eu sempre soube que jamais deixaria de navegar.
O cais, qualquer cais, sempre foi e sempre será uma pausa, um breve momento de descanso, uma utopia presa pela tênue corda de uma àncora que jamais se fixará.
Não há como fugir do mar, de seus mistérios, de suas aventuras, de suas amplas e irrestritas possibilidades.
Não há como ignorar o eterno canto da sereia chamando, o ritmo imprevisível das ondas e os ciclos sem fim das marés.
O mar faz refluxo em meu sangue e transborda em minha alma.
O chamado é mais forte do que eu, não há como lutar.
Não nasci para viver ancorado, limitado e preso em amarras invisíveis , mas profundamente dolorosas, preciso do cheiro do mar, dos pingos d´agua no meu rosto, do vento nos meus cabelos e da imprevisibilidade das tempestades.
Não sei viver só de calmarias.
Não se despeça de mim, deixe as ondas me levarem e quem sabem um dia me trazem de volta.
Guarde esse ciclo com carinho, lembre de tudo que vivemos com amor e saiba que foi perfeito e delicioso, mas como tudo, teve seu tempo e agora é hora de partir.
Guardo seu cheiro, seu sorriso pós amor e o gosto agridoce de seus beijos cheios de desejo.
Prometo fazer uma tatuagem em sua memória e contar à lua nas noites solitárias o quanto nos amamos sem regras nem pudor.
Te amo e sempre te amarei, você sempre será a minha musa desse cais.
Jogarei ao mar mensagens de amor em garrafas com seu nome e escreverei á luz das estrelas versos por tudo que vivemos.
Quando a saudade apertar vá a praia e me chame, o vento me encontrará e onde quer que esteja eu a beijarei e uma onda lamberá seu pé simbolizando meu amor, minha língua , meu desejo ...
Não diga adeus, diga até um dia ...
Não se lamente, o amor é como uma montanha quase inalcançável, se conseguirmos atingir seu topo (e nisso fomos perfeitos), a partir daí, só podemos descer e voltarmos ao ponto de partida, ninguém vive no topo, este é apenas um estágio momentàneo e transitório ..... não vamos correr o risco do tédio da descida, da frustração do lugar-comum.
Não olhe para trás, seque suas lágrimas, se não voltar em corpo presente, sempre estarei em seus sonhos e na sua memória.
Na memória de um amor perfeito, que durou o que tinha que durar.
Já cortei a corda, estou indo ...

Leonardo Andrade
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