Usina de Letras
Usina de Letras
248 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10302)

Erótico (13562)

Frases (50482)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->As Cores de nosso obrigado ao Almanaque Brasil -- 04/05/2004 - 11:06 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Encaminho, em seguida, um cordel em cores, em agradecimento ao Almanaque Brasil de Cultura Popular que, ao homenagear os poetas Dantas e Daudeth, meus conterrâneos, derramou o brilho de suas cores até os rincões deste nosso querido Brasil, representado, naquele instante, pela querida Cidade de Pombal, no sertão da Paraíba; berço de grandes poetas da nossa rica cultura popular, fato que muito nos envaidece. Tudo isto nos alegra e comove. É bom saber que temos amigos tão importantes como o Almanaque Brasil de Cultura Popular. Nosso obrigado ao Elifas Andreato, e nosso abraço para Carina e Carla.



CORDEL EM CORES
(por Domingos Oliveira Medeiros

Hoje estive pensando
Que o cordel poderia
Tal qual a capoeira
Ter graus na hierarquia
Tempo que o cordelista
Leva pra chegar na lista
Dos mestres da poesia

Iniciante da arte
A faixa seria branca
Primeiro grau no terreiro
A rima bastante franca
O seu batismo primeiro
O seu cordel verdadeiro
A porta faltando a tranca

A entrada do aprendiz
Com garra e humildade
Rimando com harmonia
Primando pela amizade
Dos mestres, os bons conselhos
Palavras que são espelhos
Imita com lealdade

Assim vai desenvolvendo
Até que um dia a criança
Que começou na cor branca
A faixa verde alcança
Cresce em verso e harmonia
Faz parte da confraria
Com a faixa da esperança

Segue o aprendiz de cordel
Rimando as coisas da vida
Falando de amor e de paz
Pra essa gente sofrida
Com graça e muito talento
Lança esperanças ao vento
Vai galgando a subida

Alcança outro estágio
Já dá golpes mais certeiros
Não se perde no caminho
Segue sempre os companheiros
Sua rima é consistente
Mexe com o amor da gente
São seus versos verdadeiros


Avançando sempre mais
Conhece mais o caminho
Acumula sentimentos
Arrisca andar sozinho
Caminhada mais comprida
Levou tempo nesta vida
Entre rosas e espinho

Passado um bom pedaço
A cor agora é celeste
Azul é seu novo grau
Já é bom cabra da peste
Já começa a fazer frente
Com um bocado de gente
Gente boa do agreste

Mas é tudo brincadeira
Nada contra nem pessoal
A briga é pura troça
Vale tudo, isto é normal
Apontar o defeito realça
Tira o cinturão da calça
A briga do bem contra o mal


Muito tempo é passado
Recebe a faixa amarela
A faixa mais preciosa
A faixa que é a mais bela
Equivalente ao ouro
A faixa vale um tesouro
A faixa é pura aquarela

Faixa dos nossos mestres
De todas cores e glórias
De quem escreve na hora
Retirando das memórias
Visões as mais otimistas
Sonhadores realistas
Vão contando as histórias

Os mestres são perfeitos
Ao pintar as aquarelas
Não demoram com as rimas
Tem nas faixas todas elas
Nem se permite o retoque
Fazem versos a reboque
Abrem portas e cancelas

Possuem o brilho e o valor
Do metal mais valoroso
São ourives das palavras
No que tem de precioso
Falam com a voz da verdade
Do amor com simplicidade
Fraternal e amoroso

03 de maio de 2004
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui