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cronicas-->Sonhar, realizando -- 12/07/2000 - 00:41 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Sonhar, realizando


Meus pensamentos em cascata passeiam pelas curvas do tempo...entre as espirais dos sonhos vagueio, tentando encontrar a fonte que nos desperta o primeiro gole para o realizar. O que nos faz cultuar sonhos e correr como loucos, em busca de vê-los sorrir no primeiro raio de sol das manhãs dos nossos lábios? Por que alguns fenecem, antes de nascerem? Por que existem pessoas que se resignam ao que têm , por não acharem-se merecedoras de outras luzes? Por que fogem do olhar atrevido do desafio? Porquês que vão se empilhando em imagens que quase sempre fotografam momentos da minha vida...espelhos que me refletem ou que esculpem retratos acompanhados por mim tão de perto.
Conquistas sempre precedem planejamentos, objetivos translúcidos, caminhos a serem trilhados...processos que nos levam a efetivação do que intentamos. Etapas palpáveis aureoladas por emoções sempre intangíveis. Parece ser este o cerne dos nossos desencontros com os sonhos: o temor de não estarmos aptos a realizá-los, o que em última análise nos sugere o enfrentamento da dor.
Todos nós temos nossos limites de suportação da dor, quer no plano físico, quer na esfera emocional. Intensidade que muitas vezes não pode ser medida pelo olho clínico da razão ou pela escala cartesiana da mente. Expressões do sentir que escapam às nossas medidas tecnicistas.
É no mundo das emoções que meus olhos voam e brilham feito estrelas...é nesse tour pela galáxia do coração que minhas palavras tentam mapear o sonhar. Lembro-me sempre de uma frase que muito escutei: "não seria isto, tudo que me é permitido viver?" Seria a vida responsável pelas estacas que delimitam o nosso sonhar? Poderia o destino ser tão arbitrário em apontar benesses para uns e outros não? Ora, ao afirmarmos isto, desconsideramos o homem como escultor da sua história, como pintor da sua aquarela...é a forma como nos esboçamos na tela da vida que matiza a nossa existência no universo. Não podemos subverter o homem à criatura, porque é ele em sua essência, o criador...a poção que recebemos da vida, somos nós a determiná-la, com o tamanho da nossa fome de ser. Existem medidas que permanecem exatamente a mesma a vida inteira; existem taças que transbordam ao serem tocadas pelos lábios de quem as sorve. São os nossos passos que dão ritmo à realização dos nossos desejos...é o navegar entre as ondas do viver que nos oportuniza a argamassa necessária à realização dos projetos que guardamos nos escrínios do nosso coração. Escondê-los eternamente da luz do sol e da lua em caixinhas hermeticamente fechadas não os denunciarão à realização. Cada coração tem sua fronteira, seu ponto de estrangulamento. Não me refiro aos limites da pressão sistólica ou diastólica, todavia a da decisão do ser ou não feliz.
Nunca é demais lembrarmos que sonhos não têm pernas...somos nós que os levamos à andar pelo mundo mágico do existir, vestindo-os com a roupa do querer realizar.

© Nandinha Guimarães
Em 11.07.00

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