O MENDIGO
Triste!...a mendigar pela calçada
Uma moeda, um taco vil de pão!...
Estende ao povo, ainda calejada,
O pobre homem, a sua trêmula mão!
Sente dilacerar-lhe o coração!...
Tem por futuro a morte e mais nada!...
Enfrenta o rude frio da madrugada
E o cáustico sol dos dias de verão!
A sua vida é humilhação e pranto!
Curva-se hoje, mendigando, em alarde,
Aquilo que antes produzira tanto!
E a sociedade injusta e sofismada
Tenta, em balde, pagar com caridade
Toda justiça que lhe foi negada!!!
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