É quando a escuridão esconde as luzes...
E o coração dói enquanto bate !
Quando tudo e nada condensam-se em talvez...
E, o ontem representa apenas o passado.
E pouca coisa segue...
Há um infinito repleto de angústias, medo e solidão.
Quando as asas já não batem...
E o vôo , já não nos leva a nenhum lugar.
Quando as fontes secam e, o sol resseca
Cada vez mais : a garganta !
E, cala-se o grito.
Lágrimas perdidas refazem-se constantemente.
E, a mente em torpor, não concatena mais nada.
Lembro de todos os números que me identificam
Como pessoa...
Porém, não sei quem sou.
Um rosto a mais ou a menos,
Simplesmente, alguém !
Difícil, refazer meus pensamentos e retornar...
Fácil, tudo esquecer...
Pender o corpo e entregar-se ao devaneio,
Ao acaso.
Sorrir por estar viva...
Por ser tão hipócrita ao dizer :
- Está tudo bem .
Entretanto, há algo que me surpreende...
O caminhar de uma simples formiga,
Que caminha lentamente ...
Em seu trabalho de levar algo para seu habitat.
E questiono...
O que tenho para mim mesma ?
Fé ? Esta, talvez seja a ponte que tanto
necessito.
Buscar ? A esperança do depois, do amanhecer
Da certeza de que - tudo é mutável ,
Fazem com que eu continue a caminhada,
Certa de que há tempo ,
E respeito por mim mesma .
Então, licença vida, deixa eu passar !
Isabel Benedito dos Santos.
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