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Cordel-->Onde Anda o Waldomiro? -- 23/04/2004 - 18:36 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Onde anda o Waldomiro?
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Nunca mais vi em manchete
O nome do Waldomiro
O assunto esgotou-se
Como um breve suspiro
É assunto encerrado
Mesmo sem resultado
Pela culatra, o tiro

Não se fala em propina
Dinheiro sujo, eleição
Talvez porque um por cento
Não configure a questão
Como crime praticado
Pequeno valor cobrado
Não é coisa de ladrão

Ainda mais se olharmos
A intenção do culpado
De ajudar um amigo
Que hoje está enterrado
Mas que muito precisou
Da grana que se emprestou
Pois estava endividado

Assim, se a moda pega
O Brasil endividado
Talvez tenha solução
Não será mais explorado
Se aceitar a propina
A conta logo termina
E o país sai do passado

O certo é que a notícia
Se fosse mais demorada
Pro Waldomiro, na certa
A coisa não dava em nada
Tudo mera perseguição
Por conta de uma eleição
Uma história mal contada

E assim a vida passa
A questão é costumeira
Imprensa ganha dinheiro
Quando levanta a poeira
E o povo acompanha
Toda aquela artimanha
No ritmo da cachoeira

Não se fala em Carlinhos
O jogo foi condenado
O bingo foi proibido
E o povo enganado
Muita água pela ladeira
Muita conversa maneira
E o processo arquivado

O caso da prefeitura
Da morte do Daniel
Seguiu a mesma rotina
E só ficou no papel
Ninguém sabe o resultado
Nem o próprio delegado
Virou torre de babel

E o Programa Fome Zero
Tanto foi alardeado
Até na ONU o discurso
Parece já encerrado
Sem um prato de comida
A fome volta aguerrida
Junto ao povo esfomeado

Guaribas está de luto
Sem arroz e sem feijão
Faz tempo, esta dieta
Esperando por solução
E o governo no discurso
Parece o amigo urso
Só fala em reeleição

Agora vem outro assunto
O salário do operário
O Mínimo voltou à cena
Esse é o comentário
Não se sabe se o aumento
Será, de todo, a contento
Se prejudica o Erário


A desculpa é antiga
O déficit da Previdência
Não adianta tentar
É um caso de falência
Melhor, no caso em questão
Seria fazer a extinção
Como melhor providência

Acabar com o dito cujo
O Órgão é deficiente
E não tem nenhum controle
Não há cofre que agüente
Todo mundo mete a mão
Do governo ao ladrão
No dinheirinho da gente

Parece que não tem jeito
Desde os tempos de Cabral
Tudo que aqui se planta
Segue o seu curso normal
Da tenra Democracia
Regada à hipocrisia
Nasceu o Brasil como tal

Ou se faz logo a mudança
Podando a planta doente
Transplantando a alegria
Para o coração da gente
Ou que viva a ditadura
Pra quem acredita na cura
Pela mão da rebeldia

23 de abril de 2004


















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