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Poesias-->PERDIDA -- 13/06/2003 - 09:27 (ALEXANDRA APARECIDA JAHNEL PASCOAL) |
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PERDIDA
Me perdi na dimensão do tempo,
jamais novamente encontrarei minha alma.;
alma de fada, corpo de mulher, eu desejo.;
sou o desejo, beijo o vento,
quero o mundo na mão, na minha palma.
Sou brisa que anuncia tempestade,
sou só um pequeno verão e uma imensa tarde,
sou um filha do medo e irmã da vaidade.;
somente para mim quardo do universo a verdade.
E a chuva não tarda e em torrente cai,
lavando os pecados do mundo,
afogando os imundos,
matando os impuros,
e com a água o sonho também se vai.
Eu continuo meu caminho, só e dividida.;
minha alma ao leste está adormecida,
meu corpo, ao sul, é de uma mulher ferida,
ao oeste, minha mente insana jaz perdida
coração, ao norte, incapaz de emoção desmedida.
Restaurei minha memória de vidas passadas,
me ví mirando o mar em enseadas enluaradas,
não me apavorei em meio a mães desesperadas,
usei um colar com mil e uma flores enfeitiçadas,
mas nem todas as mágoas estão mortas e enterradas.
Ainda choro com as mesmas lágrimas de dantes,
sofrendo a perda de imensos amores e amantes,
é o mesmo pranto correndo em diferentes faces,
o mesmo veneno bebido em diversos cálices.
Bebo e sorvo, de vidas diversas, todo o veneno,
meu riso cálido se extingue a cada novo começo,
que quanto mais sofro, mais morro, mais pereço,
mais certeza tenho que a esse lugar não pertenço.
XANTRA LENHAJ
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