O Silêncio...
Guardei meu silêncio,
Silenciosamente...
Em fosso escuro,
Escuramente misterioso
Mas, as atitudes desdiziam o meu silêncio...
Através dos mistérios da noite
Pedi aos meus gestos
Não mais gesticularem
Meus pés desandaram...
Meus braços não abraçaram...
Minha face enrubesceu, sem beijos...
Escuramente silencioso.;
Pedi Para minha voz silenciar...
Nada de anunciar.
Emudecer bem quietinho, desfalar.
Agucei aos ouvidos,
Apurei meus sentidos
E deixei os meus olhos
Em silêncio... Olhar
A mão ágil crispou-se na pena.;
A outra mais ágil, firmou o papel,
E esse, sem omissão,
Ouviu aos ouvidos,
Captou os sentidos,
E a pena impelida,
Deitou-se a jorrar.
Autor.: José Ferreira de Matos
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