Quem votou no Inácio Lula
Acreditou na mudança
Descrente o povo dança
Na corda bamba se pula
Numa esperança tão chula
Foi grande a decepção
Com o novo presidente
Tão simplório e inocente
Com um choro comovente
Pobre torneiro mecânico
Tá no poder prepotente
Empresários em pânico
Com problemas pela frente
Pra todos falta batente
Falta quem América peite
Quem não faz um gabinete
Não é cantor de repente.
Ô governo vacilante!
Que não começa a agir
Fica no tiri-ti-tí
Na inércia galopante
Sem ter cabeça pensante
Fica só na calmaria
Tá totalmente perdido
Perdido tá totalmente
Impotente e dependente
Dependente e impotente
Não sabe nem governar
Imita o antecedente
Ficando nas mãos do fundo
Na servidão indecente
Presidência de enfeite
Quem não faz um gabinete
Não é cantor de repente.
Os podres aparecendo
Eles tentam esconder,
Mas vai tudo aparecer
No modo que tão fazendo
Nosso dinheiro comendo
No pessoal da chefia
Gente que era decente
Agindo impunemente
Nesse governo aparente
Falta gente competente
Falta credibilidade
Também Falta honestidade
Tá difícil de engolir
Esse mandante aparente
Com cara de tamborete
Quem não faz um gabinete
Não é cantor de repente.
Afirmaram na campanha
Baixar o juro oneroso
Cambada de mentiroso
Gente falsa sem vergonha
A carga ficou tamanha
Os juros só aumentaram
Com efeito intermitente
Saídos duma falsa mente
O povo fica impotente
Aceitando docilmente
Essa falta de comando
E todo esse desmando
E para salvar o povo
Só mesmo onipotente
Com seu sagrado azeite
Quem não faz um gabinete
Não é cantor de repente.
CPI tá bloqueada
Ninguém vai mexer no bingo
Vergonha não tem um pingo
Tá resolvido à parada
Conchave com palhaçada
Até o Sarney aderiu
Com a turma foi clemente
Arquivou tão simplesmente
Esfriou batata quente
Decepcionou a gente
Ele já foi presidente
Já precisou de ajuda
Salvo milagrosamente
Tem onde mame e se deite
Quem não faz um gabinete
Não é cantor de repente.
