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Contos-->OS SOFRIMENTOS DA JOVEM MARINALVA - Final -- 18/02/2003 - 20:43 (Edmar Guedes Corrêa****) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

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OS SOFRIMENTOS DA JOVEM MARINALVA - Cap. I a V



XIV


Marinalva acordou cedo no último dia. Alberto ainda dormia ao seu lado. A muito custo levantou sem despertá-lo. Seu corpo ainda doía bastante; não tanto pela violência da noite anterior, mas devido ao peso dele sobre seu frágil cepo. Foi ao banheiro e tomou um demorado banho. Voltou à sala, sentou na poltrona e ficou a contempla-lo dormir tão angelicalmente. Uma torrente de dúvidas dardejou sobre sua já confusa cabecinha. Dúvidas essas que a oprimia e afligia por não ter a menor idéia de como seria o dia seguinte. Temia acordar e ver que tudo não passou de um sonho e que seu sacrifício fora em vão.
Agora ela não queria que tudo acabasse logo, queria que aquele último dia fosse tão longo quanto eterno, mesmo sem saber do que ele ainda seria capaz. Ela, porém, tinha certeza de que ele seria carinhoso no restante do dia.
Roberto acordou cerca de uma hora depois e ela ainda permanecia sentada contemplando-o, como se soubesse que o fim estava próximo.
-- Oi gata! Já está acordada? -- Perguntou ele, virando-se de frente para ela.
-- Estou. Já até tomei um banho -- respondeu ela.
-- Então vem cá! Deite aqui pertinho de mim.
Ela se deitou e ele a tomou nos braços carinhosamente, afagando-lhe os cabelos crespos. Ela também o abraçou e se aconchegou com o coração esbaldando ternura. Estava feliz.
-- Eu te machuquei ontem? -- inquiriu ele finalmente.
Mentiu meneando a cabeça negativamente.
Ficaram em silêncio por alguns instantes até que ele se levantou, beijou-a suavemente nos lábios e disse:
-- É que você me enlouquece e eu não consigo me controlar. Às vezes me dá uma vontade de te possuir com violência. Seu corpo tem alguma coisa que me atrai de um jeito...
-- Eu sei... Se você quiser, eu posso ser sua e você poderá me possuir quando quiser... -- volveu ela.
Ele não respondeu. Não estava em condições de dar uma resposta impensada e definitiva. No fundo, não a queria para sempre; mas, tão somente, enquanto fosse algo de novo; algo assim como um brinquedo novo que deixa de ser interessante depois de algum tempo. Era dessa forma que ele sentia com relação às mulheres -- uma criança e seu brinquedo --. Via-se atraído por elas, contudo, em pouco tempo perdia o interesse e partia em busca de outra. Jamais conseguiu manter um namoro firme por muito tempo.
Não raras vezes, sem mais sem menos, terminava o relacionamento sem dar muitas explicações. O mesmo aconteceria com Marinalva; queria fartar-se o mais rápido possível e depois se ver livre dela.
-- Hem?... O que você acha? -- insistiu ela afoita e sedutora, ralando seu corpo no dele. -- Olha! Você não quer eles para você? Eles adoram quando você chupa e morde...
-- Eh!... Quem sabe...
Aquela conversa o estava irritando. Havia deixado bem claras suas pretensões. “Será que ela não se enxerga? Que não lhe passa pela cabeça que eu só quero me aproveitar de seu corpo... que paguei aquele dinheiro por ela para mostrar-lhe que poderia compra-la e para arrancar-lhe a virgindade...? Será que ela é tão tapada assim? Ou está apenas querendo bancar a esperta?... Mas é querer mesmo ser muito pretensiosa, achar que vou manter um caso com uma desclassificada... E ainda por cima filha de faxineira... Mas nem pensar! Só quero come-la mais um pouco e pronto...”, pensou ele. Estava faminto e com uma grande vontade de ir ao banheiro. Deu-lhe um forte tapa na nádega e rolou sobre ela.
-- Aaiii!... Doeu! Sabia?
-- Putinha safada... Você está é gostando né?...
-- Eu quero ele agora pra mim...
Roberto não se sensibilizou com o pedido; seu corpo tinha outras necessidades mais urgentes. Então foi ao banheiro.
Ungida pela forma donairosa com que era tratada e tomada por um que de curiosidade em saber como o homem fazia para urinar, Marinalva levantou e o acompanhou.
-- O que você veio fazer aqui? – perguntou ele, meio que irritado com a presença dela.
-- Só vim ver – respondeu ela.
-- Então você vem me perturbar minha intimidade para matar sua curiosidade? – No mesmo instante foi tomado por um furor. E aquele acesso violento, sem motivo aparente, despertou novamente o desejo de castiga-la e humilha-la. – Você quer ver mijar? Então eu vou te mostrar...
Súbito, sem se preocupar em molhar o banheiro, ele virou-se de frente para ela e molhou-a um pouco acima do umbigo.
-- Seu idiota! – Marinalva deu um passo para trás, mas deu com as costas na parede lateral do banheiro. Não teve como escapar.
“Isso é o que a gente faz com desclassificadas que tentam a se comparar a seus senhores... Para que vocês saibam que valem tanto quanto um poste em que um vira-lata mija”, disse ele consigo mesmo enquanto molhava a menina. De um instante para outro ele parecia brincar com ela; parecia uma inocente criança a divertir-se em jogar água na outra com uma mangueira. Porque era assim que ele fez até que o jato amarelo turvo cessou.
Confusa e indignada, ela não entendia porque ele lhe estava fazendo isso. Será que ele não regulava bem da cabeça? Ou só estava pregando uma peça nela? Qual era a graça disso? Ela estava enchendo-se de perguntas quando seus pensamentos foram interrompidos pelo som da voz dele.
-- Você é uma boa menina! Pode ir se lavar... ¾ disse ele virando-se para a pia do banheiro e pegando a escova de dentes.
-- Por que você fez isso?
¾ Estava meio deprimido e me deu vontade.
De fato, alguma coisa parecia incomodá-lo. Era como se tivesse tudo que queria, mas ainda sim sentisse falta de algo.
Não havia sol no domingo. O dia estava nublado, feio e fúnebre. Era como se algo de ruim estivesse para acontecer. Não dava para ir à praia; ficaram assistindo TV.
Após o meio-dia a fome começou a dar sinais. Roberto a queria mais uma vez, mas Marinalva sugeriu que fossem almoçar primeiro. E foi o que fizeram.
Foram até uma comida por quilo ali perto mesmo e comeram até se fartarem. Roberto se enterrou numa feijoada e tomou várias latas de cerveja. Ela comeu algo mais leve e quase não bebeu.


XV


-- Vem cá, tire a sua roupinha e deite aqui um pouco comigo -- pediu Roberto, assim que chegaram. -- Mas antes, faça um strip-tease para mim.
Marinalva não possuía experiência nenhuma; mesmo assim tentou fazer o melhor possível. Primeiro ligou o aparelho de som e colocou um CD de música dançante, dum desses grupos baianos de grande sucesso, cujas músicas são sensuais, entretanto não possuem conteúdo algum e não tentam, nem ao menos, transmitir uma mensagem; são apenas ritmos sem o menor compromisso com a arte musical. Ao ritmo do balanço, ela gingava o corpo exibindo os seios e a bunda. Ela possuía um saracoteio envolto em sensualidade ao menear os quadris para os lados, empurrando lentamente a calcinha amarela para baixo. Ele ficava louco de apetite. Ela o provocava ainda mais e mais...
Inteiramente despida, ela se ajoelhou diante dele e puxou-lhe o short xadrez até saltá-lo. A seguir, arrancou-lhe a camiseta e finalmente a última peça, deixando-o muito excitado. A seguir, ela começou a beijá-lo nas pernas e foi subindo... subindo...
Aquilo tudo ainda era um mistério para ela. E ela procurou desvenda-lo com atenção. Tocou e manipulou aquele objeto estranho com tamanha atenção, como se fosse um antropólogo examinando uma relíquia. Não satisfeita, vergou a peça e a levou aos lábios. Dir-se-ia querer descobrir o misterioso sabor de tão estranho objeto. E ela parece ter gostado; não o soltou, nem afastou seus lábios; pelo contrário, sorveu-o.
Nesse ínterim, fantasias tomaram-lhe o cérebro desnorteado pelo álcool e pela luxúria. E uma absurda idéia brotou do caos de sua mente: amarrar Marinalva e algum lugar como uma escrava, fustiga-la e depois possui-la feito um senhor de engenho.
-- Vamos fazer uma brincadeira interessante. Espera só um pouco que vou procurar um lençol --disse ele.
-- Que brincadeira?
-- Espere e você verá.
Foi até o guarda-roupa, pegou um grande lençol branco, rasgou-o em quatro tiras e enrolou-as formando uma espécie de corda. Voltou a sala e chamou-a ao quarto de visitas.
Marinalva foi correndo, curiosa. Também estava enlevada e desejando-o.
-- Vou fazer de conta que você é minha escrava e vou te amarrar na cama.
-- Você não vai me machucar né?
-- Claro que não! -- asseverou.
-- Ta bom então.
Ele pegou uma tira do lençol e amarrou-a firmemente no pulso de Marinalva; em seguida, fez o mesmo no outro; depois pegou outra tira e amarrou-a no pé e fez o mesmo na outra perna.
-- Agora deite no meio da cama.
Ela lhe obedeceu timorata. Um pressentimento ruim começou a atinar em sua mente. Não seria melhor pôr-lhe um limite aos devaneios? Ou ele realmente não seria capaz de fazer-lhe mal? Esses questionamentos passaram por sua cabeça; contudo, ela não deu ouvidos aos avisos de sua consciência.
Roberto amarrou as mãos dela na cabeceira da cama e os pés na outra extremidade. A imagem dela com os braços e as pernas aberta lembrava o tão famoso desenho de Leonardo Da Vinci. Após amarrá-la, saiu do quarto sem dar explicações. Ela ficou apreensiva por saber quais eram as verdadeiras intenções dele e o porque de tê-la deixado as sós ali.
Voltou pouco depois com um pedaço de corda de náilon, dessas que são usadas como varal, medindo pouco mais de um metro e meio.
-- Agora, negrinha, você vai tomar umas chibatadas para não esquecer que eu sou seu senhor, dono de sua vida e de seu corpo -- Seus olhos pareciam turvos por uma sombra negra. Via-se que não eram olhos de uma pessoa em sã consciência.
Enrolou uma das pontas na sua mão e principiou a chicota-la. A cada chicotada que lhe dava sentia um deleite masoquistamente grande.
As cordadas atingiam Marinalva em todas as partes do corpo: nas pernas, no ventre, na barriga, nos seios principalmente, e até no rosto. No começo, ela a batia moderadamente, sem muita força; contudo, na medida em que seu deleite ia crescendo, punha mais força.
-- Paaara... Roberto!... Aiii!... Você está me machucando... -- implorou Marinalva, quando as dores aumentaram.
Assim que ela começou a gritar, ele abriu a porta do guarda-roupa, pegou um travesseiro, arrancou-lhe a fronha e vendou a boca daquela aterrorizada menina para que não gritasse mais. Ela protestou tentando soltar-se agitando as pernas e puxando os braços. Mas foi tudo em vão. Ele a havia amarrado suficientemente firme para que ela não se soltasse.
Ele parecia enlouquecido. Em algumas partes do corpo dela surgiam marcas avermelhadas; marcas essas mais visíveis nos seios. E ele não parava. Ofegava de tanto lhe bater. Enquanto a surrava, xingava-a de tudo enquanto era obscenidades para denegri-la ainda mais.
-- Isso é por você me ter feito gastar tanto dinheiro contigo, quando poderia ter te comido sem ter gastado um centavo.
Depois de cerca de meia centena de chicotadas, ele parou exausto. Ela, atordoada, em pânico, chegou a pensar que ele havia parado; mas a tortura ainda não chegara ao fim. Chorava e soluçava abundantemente.
Parecia que ele a soltaria quando desamarrou a mão e a perna esquerda dela. Todavia se enganara. Ela deduziu num instante quais eram as intenções dele: virá-la para bater-lhe nas nádegas e nas costas.
Foi isso que fez.
Outras dezenas de açoites atingiram-lhe diversas partes do corpo. Diversos vergalhões surgiam em sus costas. Marinalva estava quase a desmaiar de dor.
Ele também não tinha mais forças. Estava quase tonto, mas sua loucura não o deixava parar. Jogou o pedaço de corda para o lado, deitou-se sobre ela e penetrou-a profundamente. Estava em êxtase. Movimentava seus quadris para cima e para baixo violentamente. A cama produzia um rangido estridente de madeira preste a se quebrar.
A dor provocada em seu corpo era indescritível. Não era possível saber se a dor era maior quando o corpo dele lhe batia violentamente contra as chagas nas nádegas, ou quando ele apertava fortemente seus seios como se desejasse arranca-los, ou quando algo parecia dilacera-la internamente. As dores eram terríveis; tão insuportáveis que ela já pedia silenciosamente para Deus levar sua alma e acabar com tamanha tortura.
De repente, Roberto parou um instante e levantou os quadris. Marinalva chegou a alegrar-se pensando no fim de seu ocaso. Ainda inexperiente, pensara que ele chegara ao ápice como das outras vezes. Então ele viraria para o lado, pedir-lhe-ia perdão por ter-se exagerado e cuidaria dela.
Mas não foi isso que veio a suceder. Ela havia se enganado.
Ele ainda não chegara ao clímax. Estava apenas querendo afligi-la ainda mais. E ela sentiu a causa de sua perda e desgraça subir lentamente em busca do pequeno orifício, aquele que ainda permanecia intocado. Ele encontrou forte resistência. Parecia que naquela inescrutável abertura nada conseguiria penetrar.
A pressão naquela região causou na menina uma dor terrível. Era como se lhe fincassem um punhal; um punhal espesso e comprido. E a dor foi quase mortal quando ele a envolveu, segurou-se firmemente e colocou toda a força contra aquele frágil corpo. A pressão peniana foi tamanha que sentiu os contornos se dilacerarem. Foi uma dor mortificante. Daqueles dois olhos úmidos jorram lágrimas de fel. E uma sonolência começou a tomar conta de si. Ela foi desfalecendo e perdeu a consciência....
Foram muitas, muitas punhaladas no mesmo local. A cama estava coberta de manchas vermelhas das chagas dela, o sangue jorrava com abundância do rasgo em seu corpo. Se saísse viva dali e se não sangrasse até a morte, estaria deformada para o resto da vida. Talvez, quem sabe, algum cirurgião pudesse reconstruir seu pequeno orifício traseiro.
Repentinamente o cheiro da morte invadiu aquele quarto, vindo não se sabe de onde. Talvez Deus ouvira as súplicas agonizantes dela e viera arrebatar sua alma pecadora
Foi despertada pelo grito aflitivo de Roberto sobre seu corpo. Agora sim, ele chegara ao agonizante ápice. Algo, porém, estava errado. Ela já o conhecia bastante para saber quais eram as reações dele naquele instante. Dessa vez não era do mesmo jeito. E realmente não era...
Roberto sentiu um colapso estrondoso em seu corpo e uma forte pontada em seu peito, porém, fê-lo entrar em desespero. O que estaria acontecendo? Levou a mão ao peito, estremeceu por algum tempo e caiu inconsciente sobre sua torturada escrava. Seu coração havia lhe falhado...
De início ela pensou que ele estivesse inerte devida a exaustão. “Esse monstro desgraçado desmaiou...”, pensou ela. Tentou se desvencilhar das cordas de pano, mas não conseguiu. Entrou em desespero quando se deu conta do acontecido. Roberto havia expirado.
A muito custo, conseguiu soltar a mordaça e principiou a gritar freneticamente para que algum dos vizinhos ouvisse.
Não tardou a ouvir a porta da sala sendo estilhaçada.
Pouco depois o quarto foi invadido por diversas pessoas tomadas de pavor ao ver cena tão horrenda...

FIM
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