Usina de Letras
Usina de Letras
152 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62073 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50480)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->NOSSOS SILÊNCIOS -- 15/03/2004 - 19:28 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

NOSSOS SILÊNCIOS
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

O silêncio do início
Assim foi considerado
Era o primeiro silêncio
O silêncio esperado
O amor que se previa
A paixão que acontecia
Eu estava enamorado

Quase nada se falava
Quase tudo se dizia
Entre olhares calados
O amor acontecia
Eram gestos carinhosos
Afagos bem generosos
Era tudo que se ouvia

E o tempo foi passando
Nosso silêncio aumentava
Não se ouvia barulho
Só o amor escutava
Nas mãos entrelaçadas
Conversas eram trocadas
Na paz que ali reinava

Era o silêncio sadio
Do desejo e da alegria
Dos que se gostam e se amam
O silêncio de quem confia
O silêncio que se consente
O silêncio do amor presente
O silêncio que se vivia


E assim eram as noites
Eternas, silenciosas
Juntos ali trocávamos
Confidências amorosas
Quando ouvimos rumores
De mágoas e dissabores
E de questões duvidosas

Até que veio o silêncio
O silêncio inexplicável
Sem gestos e sem flores
O silêncio injustificável
O silêncio doentio
O silêncio por um fio
O silêncio abominável

O silêncio que incomoda
O silêncio indiferente
O silêncio ensurdecedor
Que explode dentro da gente
O silêncio quase total
Silêncio que não é normal
Silêncio que está doente


Silêncio de quem ouve mal
Silêncio que esconde a verdade
Silêncio sem trégua e sem forma
E que antecipa a saudade
Barulho que se faz presente
Em cada gesto indiferente
Repleto de falsidade

Foram tantos os silêncios
Durante a nossa amizade
E agora que se despedem
Vão deixar muita saudade
Sejam silêncios berrantes
Sejam silêncios falantes
De mentiras e verdades

Teve o silêncio do sim
Teve o silêncio do não
De quem estava afim
E silêncio de separação
O silêncio pragmático
O silêncio enigmático
O silêncio do perdão

Teve até o mais cruel
O silêncio sem retrato
O silêncio indiferente
O silêncio sem recato
O silêncio que entristece
O silêncio que arrefece
E o que mata no ato

Mas de todos os silêncios
Um só eu guardo comigo
O silêncio do teu corpo
O silêncio do abrigo
Minha impressão sincera
Mesmo de quem já era
Do meu amor inimigo


DO LIVRO DO AUTOR "Sonhos & Pesadelos"



















Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui