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cronicas-->Carícias do Mar -- 08/07/2000 - 20:29 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carícias do Mar

A poesia do mar em suas ondas de carícias tomou conta do meu corpo...dona de mim, entreguei-me ao mar em seus bailados farfalhantes e sedutores. O sol, ria da minha liberdade infantil, enquanto meus olhos desenhavam castelos de areia com meus sonhos.
Fui permissiva aos meus desvarios, pincelando as nuanças que minha mente racional, vinha adulterando no cartesiano olhar que o mundo imprime. Imaginação solta em brisa de sábado, desfilando nas areias escaldantes de Fortaleza...
Fechei os olhos, buscando boas fotografias no álbum da minha memória...momentos de champanhe, em que meu coração borbulhava felicidade em taças sempre cheias. Sorrisos afloraram em minha pele, descrevendo rotas indizíveis...percursos onde o prazer mergulhava intrépido, fazendo do infinito sua morada. Nos trampolins de abraços perfumados, lancei meus braços...encontrei meus beijos ancorados em lábios repletos de doação.
Uma flor abriu-se no jardim das minhas quimeras, observando meu monólogo com a felicidade...extasiada, mudava de cor, enquanto um beija-flor pousava em seu pistilo. Eram formas de vidas singulares brotando em uma carícia, cheias de ingênuas intenções. Era exatamente na singeleza de um olhar que meu coração corria os recónditos das minhas vivências.
Varri as folhas secas do outono das minhas saudades...queria mudar de estação, sentindo o viço da primavera, o som dos corpos acariciados por um sol despudoramente menino. Entrelacei meu coração entre as pipas que matizavam o céu, num dança que acordava todas as músicas do universo.
A vida, escorria vigorosa nos sorrisos das crianças que se misturavam entre o fluxo e refluxo das ondas. O tempo, parecia bocejar preguiçosamente, para perpetuar a alegria que jorrava farta, tal qual o mar.
Aquele êxtase que me invadia, queria-me inquilina...a brisa, perpetuava a sensação de bem-estar, enquanto a água tépida deslizava pela minha pele. Arrepios de prazer foram ficando perenes, contornando cada poro do meu corpo e deixando um rastro de arrebatamento íntimo. Nas ondas, deixei as lágrimas do meu mar vermelho.

© Nandinha Guimarães
Em 08.07.00

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