De novo, revoltou-se contra o Pai,
Por não saber pôr cobro ao desespero.
Por pouco não partiu para o exagero
De quem não colhe flores sem um ai.
Espinhos sempre existem p’ro tempero,
Que a dor sem ter amor fica e não sai
Do coração que, em luto, mais descai,
Desconhecendo as dádivas do esmero.
E ali ficou mui triste, bronco e só,
No remoer dos fatos lá da vida.
Lembrou-se dos conselhos bons da avó
Mas pôs de lado a dúvida da lida,
Querendo que o mistério fosse o pó
Que permitisse a Deus uma saída.
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