Sinal de alerta máximo no Beira-Rio.
Será um sinal vermelho? Acho que se for sinal de alerta, no Gigante, tem que ser azul, única cor que deixa colorado em estado alerta.
A maldição do fantasma do rebaixamento ameaça o escrete alvirrubro da avenida Padre Cacique. Acompanhando essa situação humilhante e participação pífia no brasileirão 2002, sentimos saudades do Internacional da década de 70. Naqueles saudosos anos o colorado foi considerado o melhor time da década. Uma academia de futebol e fábrica de craques.
O colorado dos pampas foi octa-campeão gaúcho e tri-campeão brasileiro. Sendo que em 79 venceu o campeonato brasileiro sem perder uma partida sequer.
No time vencedor dos anos 70 jogaram craques como: Manga, Cláudio, Figueroa, Marinho, Vacaria, Falcão, Batista, Carpeggiani, Escurinho, Caçapava, Valdomiro, Dario, Flávio e Lula.
Vejam bem, uma coincidência, no escrete dos sonhos colorados havia um Lula que jogava na ponta-esquerda e jogava muito bem. Um Lula que incomodava os adversários e dava alegria para a imensa torcida vermelha. Outra coincidência, alegria de uma torcida vermelha. Embora gurizote, eu gostava de ver aquele Lula jogar, tinha um futebol agressivo e alegre. Mas Lula fazia aproximações com o meia-esquerda e com o centroavante. Entretanto, Lula só jogou bem porque jogava na ponta-esquerda.
Talvez seja por isso que aposto tanto no Lula que joga agora. Há um outro jogo, um outro estádio, uma grande torcida e uma enorme e positiva expectativa. O Lula que está jogando hoje é armador, aglutinador, conciliador e também faz a alegria da galera. É um Lula que joga muito diferente daquele, mas um craque também. É um Lula que incomoda a comunidade internacional. - apenas um trocadilho.
Voltando para o Inter de 70.
Naquele time havia uma triangulação entre Lula, Vacaria e Paulo César Carpeggiani que era infalível. O Inter jogava pela direita. Valdomiro era um ponta-direita de ofício. Tanto pela esquerda como pela direita, a bola era jogada na cabeça do centroavante. Não foi mera casualidade que Dario e Flávio foram goleadores.
O último título nacional que o Inter conseguiu, foi o campeonato da Copa do Brasil em 1992. Portanto, há dez anos que não vence um campeonato de abrangência nacional. Supondo-se que uma criança comece a acompanhar futebol aos cinco anos, estará com quinze anos e não terá visto uma comemoração de um título nacional.
Olívio Dutra, atual governador do Estado, prometeu e não vendeu um prego do património público dos gaúchos. Começo a pensar que se implementássemos apenas essa política do governo Olívio no Internacional, o time estaria bem melhor. Se o Inter não tivesse vendido património, estariam jogando craques como Lúcio, Diogo Rincon, Christian, André, Taffarel, Gamarra, Fabio Hochenbach entre outros. Certamente, não estaríamos amargando um possível rebaixamento.
Mas temos que voltar para realidade desse novembro chuvoso, pois um fantasma nos espreita sorrindo. Por enquanto é só um fantasma, mas por via das dúvidas comprei um terço novo.
Decididamente! Essa semana não é para colorado cardíaco.
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