A Sua força, hoje eu reconheço,
porque nas horas de tormento
Gritava palavras ao vento:
- Por que não tenho a paz que mereço?
De joelhos, a malha da prece tecia,
Entremeada com fios de lamento,
Sem ver, nas pequenas coisas, o intento,
Da Mão salvadora que desconhecia,
De tirar-me do confuso inferno,
Negro, sem nenhuma claridade.
Tão grande era meu frio interno
Que busquei no calor da Sua bondade,
O aquecedor manto do carinho terno,
O colo de pai que protege da maldade...
02/06/03.
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