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Cartas-->Uma marca no tempo. -- 05/12/2002 - 02:24 (Ricardo Oliveira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vivi & Bruna! Uma mãozinha, no tempo...
21/02/2001
Tudo aconteceu tão rápido que parecia uma daquelas ‘histórias da carochinha’, que se conta, ao chegar em casa, sentando-se ao lado dos filhos como fizera meu pai.
Num ‘Zazzz’! ... A menininha crescera! Dera frutos e foi passear. Foi passear do outro lado do mundo. Tão distante, que fica até difícil imaginar como se chega até lá.
Essa é uma historinha que conta a aventura de uma menininha do outro lado do mundo. Bem longe, do outro lado do mar.
Bem, naquele tempo, no ‘tempo da carochinha’, era difícil até para os grandes contadores de histórias inventar tantos movimentos em tão pouco tempo. E, os antigos contadores de histórias, até que eram muito criativos. Eles criavam animais falantes que, não poucas vezes, davam a nós, pessoas, grandes lições de Vida.
Naquele tempo eu ouvia contar a estória do ‘Três Porquinhos’ que enfrentaram o lobo mau. Ouvia a estória do ‘Patinho Feio’ e, muitas outras, que se contam até hoje pelas escolinhas da vida.
Hoje, a estória virou história. Aquela menininha já tinha voado... Ela nasceu com uma paixão de voar e, no tempo, ganhou uma irmãzinha que, também, gostava de voar e que voava pelo mundo.
O que muita gente não sabe é que eu já tinha voado com elas.
Eu tinha voado com elas em vida e em sonhos. Vendo elas crescerem e seguirem cada uma, o seu vôo. Ora viajaram juntas, ora uma, ora outra, viajara antes. E, de repente, lá do outro lado do mundo estavam juntas, agora com mais uma outra, a pequenina voadora, a Bruna.
Bem, para a Bruna, seu vôo de estréia foi uma festa. Sem saber aonde iria, sem saber quando iria chegar e como Alice, que tinha adentrado ‘no País das Maravilhas’, pelo buraco no tronco de uma árvore, a Bruna apenas entrou numa ampulheta e, numa virada do tempo, num piscar de olhos, lá estava ela, com a Lola com o Wellington, com um telefone celular na mão, falando com o avô, da Irlanda, dum outro lado da Terra.
Era tão longe este outro lugar que a Bruna precisava esticar o pescoço para ver se conseguia enxergar de lá, alguém, de cá. E, também era tanto o tempo que separava ela daqui que, na viagem, a Bruna crescera até alcançar o tamanho da sua mãe. Foi isso que ela me contou e, não podendo eu ver, eu tinha que acreditar. Eu nunca tinha voado tão longe e, pode ser que voar tão longe e estar tão longe faça a gente crescer tanto por dentro como por fora.
Tive apenas que sorrir ao sentir que a Bruna guardava com ela, na pequenez de seu corpo, a grandeza da alma de sua mãe e de sua tia e de seu tio que se encontravam longe... longe.
Penso que ela está me ouvindo, ouvindo alguém esteja esta lendo essa historinha para ela.
O tempo faz suas traquinagens.
Ao mesmo tempo em que nos escapa, rumo ao futuro, derrapa rumo ao passado e, por um momento, pequeno que seja, sempre abre um bauzinho de lembranças que mostra pequenas marcas que ficam na pele e na Alma da gente.
Aqui, o Tempo se abriu e trouxe do bauzinho, um lencinho, daqueles lencinhos que se fazem na escola, marcado com o carinho de uma mãozinha do tamanho da mãozinha da Bruna. Tinha a mãozinha da Vivi que, naquele tempo, já guardava sonhos e que esperava este encontro, com a mãozinha da Bruna, para assinar o seu lugar, lado a lado.
Termino esta historinha dizendo: Quero um lencinho assinado, novamente, agora pela Bruna e Vivi.
Um beijo, com carinho e abraços a todos, Vivi, Bruna, Lola e Wellington...
Ricardo
PS. Vivi, gostei muito de sua carta. Foi uma grande surpresa ler você. Fique muito contente. Acho que faz anos... muitos anos que não lia o que você escreve. Pode escrever mais? Um beijo especial para você de seu pai.
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