O proletário.
Autor: Daniel Fiuza
21/07/2001
Com seu trabalho, o proletário,
Vence os problemas,
Chuta o cansaço,
Vira um bagaço, ganha um salário.
Tem uma prole para alimentar,
São muitas bocas,
É muita fome,
Só tem seu nome,
E seu trabalho.
O proletário com sua cachaça,
Com sua pirraça,
Com sua desgraça,
Vai trabalhar.
Tem uma mulher, mãe dos seus filhos,
Tem um barraco, lá na favela,
Onde ela espera,
Ele voltar.
Pensa nos filhos, para educar,
Não tem escola,
Não tem saúde,
Só resta a bola, para sonhar.
Querem seu voto, no sindicato,
Falam dum homem, que vai mudar,
Esse é honesto, faz pelo pobre!
É um cara nobre, bom candidato.
O proletário trabalha muito,
Mas ganha pouco,
Ouve promessas,
Há muito tempo,
Nenhum alento, para ajudar.
Não muda nada, na sua vida,
Se for ladrão,
Se for honesto,
Se for bonzinho,
Se for malvado.
Só tem a família,
E pouco dinheiro,
Sua dura lida,
De brasileiro.
Vive penando no seu rosário,
Por ser honesto e proletário.
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