Da consciência ouviu, então, a voz
Que apregoava os males antes feitos.
Imaginou-se logo entre os eleitos,
Que o vício era pequeno e não atroz.
“Se tenho de pagar pelos defeitos
Que herdei dos pais na linha dos avós,
Preciso compreender que todos nós
Iremos ser barrados nestes pleitos.”
Pensava assim o gajo, sem pudor,
Querendo pôr no fogo os ancestrais,
De quem jamais seguiu o bom valor,
Dispondo-se a alcançar da vida mais.
Agora refletia a descompor,
Os pensamentos tolos, imorais.
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