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Poesias-->D I V A G A Ç Õ E S -- 28/05/2003 - 05:17 (Walter da Silva) |
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D I V A G A Ç Õ E S
Madrugada.
O chá esquenta a noite
Inebriada,
À luz de vela branca.
Cato sob a cama Gerdau
O roto chinelo de couro
Tal que me transporte
Enquanto estiver ancho.
Um velho Portinari,
Medíocre reprodução,
Pende indiferente
Na parede caiada
De um encardido branco
Em luz equivocada
Aberta em sulcos rasos
Feito minha fé inócua.
Um forro rebaixado
Além do meu caráter
Vertido em cicatrizes
Por sobre telhas vãs.
Cefaléia insistente
Me dói pelo percurso
No corredor manchado
De versos coloniais.
Senecta clarabóia
Olindense, invadida
Pelo vento da praia
Inexoravelmente.
Um resto de fritada
Repousa sobre prato
De ágata azulada
Embora esmaecido.
Arrasta-me um silêncio
De escuridão na alma
Que trago excomungada
Por um deus ciumento.
Apoio a mão esquerda
Sobre um sofá de época
Ali estacionado no
Chão frio de lajota.
Uma neblina leve
Envolve o mês de junho
Mergulhando no mar
Silenciosamente. .
No quarto das crianças
Jamais aqui nascidas
Empoeiram-se os sonhos
De berços inconclusos.
Sei que não me dou conta
Chegando ao meu destino
Ou sequer tenho um fado
Oculto no quintal.
Num galho longo alto
De jabuticabeira
Como um ícone imóvel
Uma coruja espia.
Nesses olhos opíparos
A perscrutar a noite
Dos idos do semestre
No fim do decanato
Então, os passos ínfimos
Encerram-me o trajeto
Do quarto onde amanheço
E anoiteço liberto.
WAL TER DA SILVA
Aldeia – Camaragibe – Pernambuco
26 de maio de 2003.
D I V A G A Ç Õ E S
Madrugada.
O chá esquenta a noite
Inebriada,
À luz de vela branca.
Cato sob a cama Gerdau
O roto chinelo de couro
Tal que me transporte
Enquanto estiver ancho.
Um velho Portinari,
Medíocre reprodução,
Pende indiferente
Na parede caiada
De um encardido branco
Em luz equivocada
Aberta em sulcos rasos
Feito minha fé inócua.
Um forro rebaixado
Além do meu caráter
Vertido em cicatrizes
Por sobre telhas vãs.
Cefaléia insistente
Me dói pelo percurso
No corredor manchado
De versos coloniais.
Senecta clarabóia
Olindense, invadida
Pelo vento da praia
Inexoravelmente.
Um resto de fritada
Repousa sobre prato
De ágata azulada
Embora esmaecido.
Arrasta-me um silêncio
De escuridão na alma
Que trago excomungada
Por um deus ciumento.
Apoio a mão esquerda
Sobre um sofá de época
Ali estacionado no
Chão frio de lajota.
Uma neblina leve
Envolve o mês de junho
Mergulhando no mar
Silenciosamente. .
No quarto das crianças
Jamais aqui nascidas
Empoeiram-se os sonhos
De berços inconclusos.
Sei que não me dou conta
Chegando ao meu destino
Ou sequer tenho um fado
Oculto no quintal.
Num galho longo alto
De jabuticabeira
Como um ícone imóvel
Uma coruja espia.
Nesses olhos opíparos
A perscrutar a noite
Dos idos do semestre
No fim do decanato
Então, os passos ínfimos
Encerram-me o trajeto
Do quarto onde amanheço
E anoiteço liberto.
WAL TER DA SILVA
Aldeia – Camaragibe – Pernambuco
26 de maio de 2003.
D I V A G A Ç Õ E S
Madrugada.
O chá esquenta a noite
Inebriada,
À luz de vela branca.
Cato sob a cama Gerdau
O roto chinelo de couro
Tal que me transporte
Enquanto estiver ancho.
Um velho Portinari,
Medíocre reprodução,
Pende indiferente
Na parede caiada
De um encardido branco
Em luz equivocada
Aberta em sulcos rasos
Feito minha fé inócua.
Um forro rebaixado
Além do meu caráter
Vertido em cicatrizes
Por sobre telhas vãs.
Cefaléia insistente
Me dói pelo percurso
No corredor manchado
De versos coloniais.
Senecta clarabóia
Olindense, invadida
Pelo vento da praia
Inexoravelmente.
Um resto de fritada
Repousa sobre prato
De ágata azulada
Embora esmaecido.
Arrasta-me um silêncio
De escuridão na alma
Que trago excomungada
Por um deus ciumento.
Apoio a mão esquerda
Sobre um sofá de época
Ali estacionado no
Chão frio de lajota.
Uma neblina leve
Envolve o mês de junho
Mergulhando no mar
Silenciosamente. .
No quarto das crianças
Jamais aqui nascidas
Empoeiram-se os sonhos
De berços inconclusos.
Sei que não me dou conta
Chegando ao meu destino
Ou sequer tenho um fado
Oculto no quintal.
Num galho longo alto
De jabuticabeira
Como um ícone imóvel
Uma coruja espia.
Nesses olhos opíparos
A perscrutar a noite
Dos idos do semestre
No fim do decanato
Então, os passos ínfimos
Encerram-me o trajeto
Do quarto onde amanheço
E anoiteço liberto.
WAL TER DA SILVA
Aldeia – Camaragibe – Pernambuco
26 de maio de 2003.
D I V A G A Ç Õ E S
Madrugada.
O chá esquenta a noite
Inebriada,
À luz de vela branca.
Cato sob a cama Gerdau
O roto chinelo de couro
Tal que me transporte
Enquanto estiver ancho.
Um velho Portinari,
Medíocre reprodução,
Pende indiferente
Na parede caiada
De um encardido branco
Em luz equivocada
Aberta em sulcos rasos
Feito minha fé inócua.
Um forro rebaixado
Além do meu caráter
Vertido em cicatrizes
Por sobre telhas vãs.
Cefaléia insistente
Me dói pelo percurso
No corredor manchado
De versos coloniais.
Senecta clarabóia
Olindense, invadida
Pelo vento da praia
Inexoravelmente.
Um resto de fritada
Repousa sobre prato
De ágata azulada
Embora esmaecido.
Arrasta-me um silêncio
De escuridão na alma
Que trago excomungada
Por um deus ciumento.
Apoio a mão esquerda
Sobre um sofá de época
Ali estacionado no
Chão frio de lajota.
Uma neblina leve
Envolve o mês de junho
Mergulhando no mar
Silenciosamente. .
No quarto das crianças
Jamais aqui nascidas
Empoeiram-se os sonhos
De berços inconclusos.
Sei que não me dou conta
Chegando ao meu destino
Ou sequer tenho um fado
Oculto no quintal.
Num galho longo alto
De jabuticabeira
Como um ícone imóvel
Uma coruja espia.
Nesses olhos opíparos
A perscrutar a noite
Dos idos do semestre
No fim do decanato
Então, os passos ínfimos
Encerram-me o trajeto
Do quarto onde amanheço
E anoiteço liberto.
WAL TER DA SILVA
Aldeia – Camaragibe – Pernambuco
26 de maio de 2003.
D I V A G A Ç Õ E S
Madrugada.
O chá esquenta a noite
Inebriada,
À luz de vela branca.
Cato sob a cama Gerdau
O roto chinelo de couro
Tal que me transporte
Enquanto estiver ancho.
Um velho Portinari,
Medíocre reprodução,
Pende indiferente
Na parede caiada
De um encardido branco
Em luz equivocada
Aberta em sulcos rasos
Feito minha fé inócua.
Um forro rebaixado
Além do meu caráter
Vertido em cicatrizes
Por sobre telhas vãs.
Cefaléia insistente
Me dói pelo percurso
No corredor manchado
De versos coloniais.
Senecta clarabóia
Olindense, invadida
Pelo vento da praia
Inexoravelmente.
Um resto de fritada
Repousa sobre prato
De ágata azulada
Embora esmaecido.
Arrasta-me um silêncio
De escuridão na alma
Que trago excomungada
Por um deus ciumento.
Apoio a mão esquerda
Sobre um sofá de época
Ali estacionado no
Chão frio de lajota.
Uma neblina leve
Envolve o mês de junho
Mergulhando no mar
Silenciosamente. .
No quarto das crianças
Jamais aqui nascidas
Empoeiram-se os sonhos
De berços inconclusos.
Sei que não me dou conta
Chegando ao meu destino
Ou sequer tenho um fado
Oculto no quintal.
Num galho longo alto
De jabuticabeira
Como um ícone imóvel
Uma coruja espia.
Nesses olhos opíparos
A perscrutar a noite
Dos idos do semestre
No fim do decanato
Então, os passos ínfimos
Encerram-me o trajeto
Do quarto onde amanheço
E anoiteço liberto.
WAL TER DA SILVA
Aldeia – Camaragibe – Pernambuco
26 de maio de 2003.
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