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Poesias-->MOTRICIDADE -- 24/05/2003 - 16:00 (Silvio Romero Monteiro Alves) |
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No oitavo andar das tias
O aconchego de outrora.
Da firmeza da Fé às coisas do intelecto
Nunca me deixam ir embora.
Reminiscências da [minha] infância:
O ruído das máquinas de costuras
E os sonhos de criança
Embalados pela leveza de posturas.
"Todos temos duas vidas:
A verdadeira, que é a que sonhamos na infância,
E que continuamos sonhando, e,
A falsa, que é a que vivemos em convivência
com os outros".
Se numa somos autenticamente nós,
Na outra isoladamente sobrevivemos.
Naquela somos alimentados por visões de futuro,
Nesta, no isolamento, relembramos sonhos que
tivemos.
Não desejo esta nem aquela quero ter
Se numa vivi acalentado pelas asas do pensamento,
E, na outra, vazio de mim mesmo,
Nem flores quero ter.
Meus Deus, que fiz [ou fizeram] de mim?
"Se, de noite, deitado mas desperto
Na lucidez inútil de não poder dormir",
Quero me livrar desta angústia
- que de mim parece não quer sair -
Vejo-me envolto em emoções sem sentido.
Não sei na vida conduzir-me,
Caminho, com esforço de bêbado,
Para o norte não perder.
Estou louco ou estou lúcido?
Estou querendo nada ser
Ou a todos ser igual?
Tenho que continuar...
"As vozes que sobem do interior do doméstico,
Cantam sempre, sem dúvida.
Sim, devem cantar".
Tenho que continuar...
Se soubesse cantar
Cantaria canções de triunfo.
Não sei cantar!
Minha janela seria, sim, moldura
- esperança única -
De atormentada criatura.
Tenho que continuar...
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