ventos de agosto
alam meus pensamentos
e, a pradaria à minha volta,
vibra castigada pelo sol.;
o forte calor revolve as idéias...
e, contorcem as ramagens a minha frente,
enquanto o bafejo morno traz até mim
o cheiro amargo da terra
o tapete esfarrapado
contrai-se enroscado nas farpas do varal
o suor escorre em bicas pela fronte!
enquanto o horizonte se estende mansamente...,
foge por entre as garras da visão.;
hirto... , assisto a tudo inanimado,
tudo a minha volta parece fenecer em agonia,
da ponta do casebre,
pende uma gaiola velha, vazia.;
o vento pachorrentíssimo de agosto,
levara para além da aridez da vida,
o canto.;
enquanto a gaiola vazia, contorce-se
no mesmo ritmo das ramagens,
presa por um elo metálico,
enferrujado!
Autor: José Ferreira de Matos
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