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Poesias-->LER -- 19/05/2003 - 07:48 (José Candido Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Ler é colher e recolher significâncias.

Lemos o livro e logo se animam representações mentais.

E nas representações mentais nos vemos e vemos os outros mortais.

E também vemos o mundo das coisas, o seu entorno, o seu adorno.

Lemos a partitura e extraímos melodias.

E das melodias compomos o hino, o salmo, a sinfonia.

O doce prazer de ouvir e repetir.

Lemos a paisagem e é um deleite.

E do deleite se faz a cor de muitas pinturas e o pretexto para outras muitas leituras.

Lemos o bulício das feiras e das festas e desta animação tecemos um negócio, uma estrada, um rio, uma ilusão.

Lemos o luar, a lua, a madrugada.

E se canta ou não canta a cotovia.

Depois, desenhamos o tempo e partimos a ganhar o novo dia. Chova que não chova, faça frio ou calmaria.

Lemos o mar, quando azul ou quando encapelado.

E entramos ou paramos na safra de embarcado.

Lemos a flor, o prado verde, a floresta e buscamos da terra o pão, o vinho, a fresca água, o que nos presta.

Lemos, da mulher, o lábio, o seio túmido, o toque inquieto e daí imaginamos o que imagina a mulher quando lê o forte braço, a estatura, o gesto, a envergadura.

Lemos, olhos nos olhos, para adivinhar segredos.

E no chão dos segredos pensamos, dormimos e sonhamos.

E nos sonhos correm medos e enredos.

E por isso, quase sempre, colhemos o que vemos olhos nos olhos.

Que é nos olhos, quando há candura, que sempre se colhe a mais fiel leitura.



José Candido Rodrigues





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