Oi,
Houve um tempo em que a vida era mais fácil, menos tediosa e mais inspiradora. O tempo era medido em horas, dias - não em minutos. Se um compromisso era marcado p´ra outra semana, parecia um eternidade. Andava-se de mão dada com o tempo, lado a lado.
Então você cresce; é empurrado p´ra vida, p´ra rotina, meio que a contragosto e tudo muda. Dormir, comer, trabalhar. Coisas que são tão simples te roubam uma parcela de tempo, uma parcela da vida que se torna extremamente significativa. O tempo - palavra abstrata que então começa o mostrar o seu verdadeiro significado - disponível p´ra passar com as pessoas que estimamos é tolhido. Viver, então, perde sua dimensão eterna e você se vê obrigado a contar os minutos que poderá dispor para compartilhar com as pessoas que você realmente gostaria de ter ao seu lado, com aquelas que fazem a diferença... mesmo que seja somente p´ra você (e será que isso não é suficiente?!).
Obviamente, tudo é uma questão de escolha: priorizar o que nos é mais importante. Mas, até que ponto nós podemos realmente escolher o que fazer? Qual é o grau de independência que a vida nos dá? Nossas ambições, nossos estereótipos, são os primeiros elementos castradores da nossa liberdade e, quando menos esperamos, aceitamos a lida que nos é imposta e tornamo-nos "mais um" a fazer parte da massa, tal qual escrito e cantado por Zé Ramalho em "Admirável Gado novo".
Tenha sempre em mente que você é uma pessoa especial, que pode ajudar a fazer a diferença, e não se deixe sucumbir pelos obstáculos que aparecem. Aceite-os como desafios a serem vencidos de forma a permitir que você acrescente ao mundo a sua parcela de contribuição. Desta forma, o pouco de tempo que tiver p´ra dedicar aos seus objetivos será pleno de satisfação e mesmo minutos dedicados a isso serão como a eternidade perdida ao crescermos.
Abraços,
K Schwartz. |