POEMESCO
Autor: José Virgolino de Alencar
Político na eleição
Sempre é popularesco,
No dia em que é eleito,
Empina o nariz grotesco.
Outra do mau político
É seu ideal farsesco,
Quando sobe só nomeia
Todo seu parentesco.
O alemão é arrogante,
É o sangue germanesco,
No poder é bem capaz
De tornar o mundo dantesco.
O Estado é um monstro
De um poder gigantesco
Para o amigos não vale
O ato policialesco.
O luxo do falso rico
Tem um caráter burlesco,
Todo posudo ele pede:
“Spaghetti a putanesco”.
Que cara metido a besta,
Com jeitão animalesco,
As más línguas dele falam:
“Ele só toma refresco”.
Vive num fausto banquete
Como vive o nababesco,
E na farra e na orgia
Como um sardanapalesco.
Como é fevereiro,
Mês quente, carnavalesco;
Melhor então gozar férias
E entrar no clima momesco
João Pessoa, cidade verde,
Clima ameno, de ar fresco,
Praias de águas cristalinas,
Povo imaginoso, pitoresco.
Fevereiro/2004
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