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| Poesias-->Duas Solidões -- 16/05/2003 - 11:29 (Domingos Oliveira Medeiros) |
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Solidão Um e Dois
(por Domingos Oliveira Medeiros)
A solidão de que falo
É solidão companheira
A solidão número um
A solidão conselheira
A solidão que incentiva
A solidão que cativa
A solidão primeira
Que nunca nos abandona
A solidão da esperança
A solidão sem rodeios
A solidão da criança
A solidão sem o medo
A solidão sem segredo
A solidão confiança
A solidão em silêncio
A solidão da sabedoria
A solidão do calar-se
A solidão que eu queria
A solidão interligada
A solidão esperada
A solidão da magia
Solidão sobrenatural
A solidão presença
A solidão necessária
À oração e à crença
É a solidão do amor
É a solidão do louvor
À natureza imensa
Mãe que sempre nos ampara
Que é Deus onipresente
A solidão que conforta
A solidão abrangente
A solidão que ensina
A solidão que anima
A solidão consistente
E a solidão segunda
A solidão inimiga
A solidão que apavora
A solidão da intriga
Que grita e que chora
A solidão que demora
Do conflito e da briga
A solidão da ausência
Solidão angustiante
A solidão que confunde
A solidão do errante
A solidão traiçoeira
Que é má companheira
A solidão ofegante
A solidão da insônia
Solidão da madrugada
A solidão que afasta
A solidão desolada
A solidão que é fria
Solidão que asfixia
Solidão indesejada
Solidão que pede ajuda
Solidão que é tentação
A solidão que confunde
A solidão da multidão
A solidão sem sentido
A solidão sem ouvido
A solidão da solidão
Domingos/16 de maio de 2003
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