Pelas ruas solitárias,
Homens... Vagueiam como zumbis.;
Rumam ao degredo, em pares,
Com as feições contraídas num esgar
Que minam os olhos baços...
Quase mortos!
Quase também são suas almas,
Que emudecem, tolhidas em pensamentos,
Açoitados pela consciência
Em reprovação de seus atos,
Queimam em dor, ao sabor da chibata.
Caminham em pares,
Passos nunca antes caminhados
Ciciam cambiando seus segredos
Assim seguem seus caminhos...
Entre as arvores cinzentas,
Que não balançam mais folhas...
Perdido... O seu olhar emperrado,
Já não perscruta à volta...
Tateia o mundo à mãos cegas...
Cada uma o seu futuro,
Já não contemplam a noite...
Não sabem já, se é dia.
José Ferreira de Matos
matosprevpardo@bol.com.br
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