Meu amor, sob essa noite velada a inverno, quero verbar pecado. Entrar na tua intimidade e vulgarizar a tua necessidade.
Chegar bem perto dos teus lábios, e entre um beijo e outro, arrancar a tua fera.
Deixar sentir o corpo tremer,e suado de prazer fazê-lo deitar sem hora.
Sugar toda a tua força, acender todo o teu desejo.
Ver em teus seios a loucura dos meus olhos,
Ver em teu abraço a insanidade dos meus atos.
Ouvir o silêncio na imensa escuridão e reconhecer o gemido de tua loba.
Sentir de tuas mãos a fúria louca, que profanará a minha alma, que aliviará a minha fome.
Se enlouquecida me quiseres a vida...
Quem sou eu, pra negar-te a roupa.
Eu quero é me ver acostumando a boca, ao teu gosto salgado, eu quero te dar toda essa energia e me sentir do lado.
Eu só quero, nesse imenso deserto, ser a raiz de todo esse momento.
Fazendo de você o argumento e da felicidade o ar que respiro.
|