Diante disso (à sombra das seis horas)
entrançarei o choro que a noitinha
irá compor num solo de grinalda.
E a fim de ver-lhe as lágrimas no fogo,
dissimulando em dança a derrocada,
deslizarei por dentro da penumbra
suavemente, levianamente,
até ludibriar a madrugada.
Direi a ela: “ainda é meia-noite!”,
para que volte ao êxtase da morte.
Só dessa forma irei apascentá-la
enquanto a lua passa, de repente.
Só dessa forma irei persuadi-la
a inebriar-se com o sol nascente. |