Vou desenhar nos fios de seus cabelos
o burburinho altivo que me enlaça.
Quem sabe assim você me ouça ou, quem sabe
ainda, se disfarce nas lacunas
onde repousa o sol durante a noite.
De qualquer forma, irei tecer de sombras
minha senda, e a manhã há de guiar-me,
incendiando o vento e a melodia
das flâmulas do tempo. E, se nessa hora
você dilacerar com um sorriso
a tempestade lépida do sono
para me dar nos beijos a quietude,
vou refazer o brio da arquitetura
onde as ninfas se embebem com seu nome. |