Senti morder nas entranhas
O calor infernal da fúria.
Por quê? Por quê?
Tanta injúria?!
Bota-me a cabeça desvairada.;
Um amarro na garganta,
E Tu, que tinha uma carinha santa.;
Pérfida cegonha negra a me trazer desgraça
Andavas graciosa, espalhando lascívia.;
E eu, embebido em ledos amores...
Além de ti, Nada via! Nada via!
Tu, que tinha uma carinha santa
Esgarçando a dedos os meus sentimentos.;
Nidificou meu coração em plena primavera
Faz descansar-me com as sentinelas.;
E, quando foi baixada a guarda da razão,
Espreitando-me da outra extrema do vale
Piou! Piou! Anunciando chuva...
A última lembrança...Um ruflar de asas.;
E, para sempre...
Singrou o rubro céu por detrás dos montes.
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