160 usuários online |
| |
|
Poesias-->Setas e ampulhetas -- 09/05/2003 - 17:25 (Renato de Brito) |
|
|
| |
Entre as setas de caçar
E as ampulhetas de envelhecer
Se inaugura a era dos inventos
Conferindo ao homem mais resistência
Para que Universo perceba nele sua existência
Cada seta atirada, voa ao alvo sem reclamar
Na toada da areia que escorre pela ampulheta
Ambas acontecem sem divagar.
Correm sempre previsíveis para onde a gravidade levar
É com seta e ampulheta
Que se compara a competência
Entre o homem primitivo
E o tolo iludido
Que vê no silício
Um passo avante na história
Pobre homem incompetente
Vive a espera da seta de silício
Que pára no meio do tiro
Se engana com a ampulheta
Que gira e se ajeita
Antes do fim da areia
Pobre homem moderno
Que faz da sua vida um inferno
Orgulhoso da sua espera
Não percebe sua incompetência
Nem se dá conta da sua carência
Pobre existência.
|
|