Quem acessar www.ufu.br/serviço/astronomia , vai saber que o Primeiro Observatório Astronômico de Uberlândia é equipado com um telescópio refletor newtoniano, de montagem equatorial robusta, artesanalmente construído pelo araraquarense Leonel Vianello.
A principal revista americana do gênero, a SKY AND TELESCOPE, publicou a foto de um eclipse total do sol, feita no sul do país por um astrônomo amador riopretense. Maior conhecedor de Marte no país, a especialidade do dr. Nelson Falsarella é fotografar as tempestades de areia que assolam o planeta vermelho. É a primeira vez que um brasileiro tem um trabalho publicado na revista. A foto só foi possível graças a um telescópio fabricado pelo sr. Leonel.
De 1952 a esta data, pensa ter construído cerca de 400 telescópios, espalhados pelo país. Nenhum pudor em se declarar o único a saber tanto quanto sabe, "as coisas são o que são". Mas, insiste em dizer, está sempre aprendendo. Só há três meses aprendeu o plano lambda, por exemplo, usado para medir o comprimento da luz.
No país, é o único a fabricar um telescópio de ponta a ponta: a mecânica, a engrenagem, a pintura, o acabamento, os planos, as diagonais, os espelhos, as lentes oculares. A única etapa que terceiriza é a da aluminização, que só se faz em São Paulo. Um forno de alto vácuo seria um investimento impossível.
Pelas paredes, recortes de revistas antigas, diplomas de congressos de astronomia, fotografias de aparelhos por ele construídos, ou de extraordinários acontecimentos celestes.
Gabam-se, o sr. Leonel e o Weber, de ter fotografado o mais brilhante, o mais lindo de todos os cometas, o Hyakutake. A cauda ia do horizonte ao zênit. Uns 90 graus.
Concorda com a formulação: "cometas são astros de trajetória errante". São horas, dias de espera, para vê-los. Aparecem quando menos se os espera. Ou não aparecem. Quem não se lembra do fiasco que foi o Kohutec. Às vezes, à procura de um deles, eis que nos surge um outro, inesperado, a cruzar os espaços entre corpos luminosos.
Objetos não identificados, eles existem?
Só uma vez viu algo absolutamente estranho e desconhecido. Era redondo, luminescente, deslocando-se a uma velocidade espantosa, e sem ruído, por entre as nuvens. Aí, como duvidar? Existem. Sabe de tudo o que se diz, ao arrepio da oficialidade, sobre ocultamento de informações por parte do governo americano. A razão ninguém sabe ao certo.
Na antigüidade, houve aquele italiano que fabricou o primeiro telescópio, Galileu Galilei. Achou de dizer que não, que a terra não era o centro do universo. Sem retratação, teria ardido na fogueira.
A descida do homem na lua? Como viu esse momento histórico, esse marco ainda não superado num século de tantas conquistas, inventos, tantas mudanças?
Não, não houve mais nada assim. Muitos ficaram achando que o homem desceu na lua coisa nenhuma. Truque da televisão. Seu Leonel sempre duvidara de que o homem fosse chegar tão longe. Chegou. Foi fantástico.
Sobre a colisão de um meteorito gigante?
Hoje a tecnologia pode prever desastres. Mas todo o mundo viu o que houve em Pearl Harbour. Os americanos tinham radares, tinham tudo. Mesmo assim, os japoneses vieram e conseguiram atacar. Sempre pode acontecer uma surpresa, um cometa que ninguém alcança detectar.
[continua]
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