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Cartas-->19. AO MEU CUNHADO -- 05/05/2001 - 08:05 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Prezado Valdomiro:

Vou entrar de chofre na temática espírita, sem floreios, muito embora devesse congratular-me com minha irmã pela belíssima pessoa que escolheu para ajudá-la na travessia da vida.

Pois bem, desde logo a impressão que se tem é que somos ilustres desconhecidos, porque jamais nos encontramos pelos caminhos do mundo. Isso é verdadeiro, para a sua peregrinação atual. Entretanto, se você se viu guindado a partilhar das venturas (e algumas desventuras) da família que o adotou, havendo o respectivo troco de que minha irmã também ganhou um novo contingente de pessoas irmanadas por objetivos afins, talvez esteja aí a nítida indicação de que tal fato deve ter tido algum tipo de programação no plano da espiritualidade, seja tendo em vista um projeto mais extenso, desde épocas imemoriais, seja por necessidades recíprocas de empenho junto a alguns seres de convívio comum, dentre os parentes atuais dos dois ramos familiares.

Mas esta missiva não vem apenas para esta congratulação e esta informação de caráter geral. Quero enaltecer um aspecto infeliz dos relacionamentos humanos, que sói diminuir a importância das pessoas agregadas ao conjunto consangüíneo, havendo forte pressão contra aqueles que se indispõem ou não se permitem assimilar os vezos e costumes do clã do cônjuge. Além de cunhado, o pobre é também genro e se vê em palpos-de-aranha para enfrentar as situações em que tão-somente sua presença lhe dá a aparência de intruso.

Que fazer, do ponto de vista espírita, já que, socialmente, o melhor sempre haverá de ser a cortesia e o respeito, para não dizer que o sujeito tem de engolir alguns sapos, depois de se livrar das aranhas?...

Realmente, a condição do aderente familiar é incômoda mas absolutamente necessária. É um treinamento valiosíssimo para a compreensão dos desempenhos íntimos de seres que se querem mais próximos afetivamente. Um bom trabalho de absorção dos valores familiares, desde que bem fundamentados nas diretrizes da moralidade superior do cristianismo, poderá representar uma via de mão dupla, no sentido de também se poder influenciar beneficamente, caso algum aspecto se denuncie absolutamente reprovável.

O cunhado, bem mais do que o genro, é uma pessoa a observar de fora, com muito menos possibilidade de se enlear nos compromissos sentimentais de que se deixam envolver os consangüíneos. Daqui a importância de uma atitude esclarecida, que vise a encaminhar a soluções plausíveis, sem o desforço da obrigatoriedade. Em primeiro lugar, os vínculos com a esposa, que jamais poderá sentir-se melindrada em seus afetos fraternos ou filiais. Depois, o enredar honesto dos demais, pela argumentação o mais das vezes sutil, com o exemplo corajoso.

Muita gente gostaria de alguns episódios significativos, entretanto, caro Valdomiro, meu amigo de outras encarnações, você há de me dispensar desses elementos, porque estão claros os fatos a que me refiro dentro de sua perspectiva familiar.

Em suma, jamais se sinta um estranho no ambiente familiar da esposa. Às vezes, essa situação foi necessária por razões, digamos, cármicas (aspas). O que é preciso é divulgar entre os demais exatamente esta idéia, para que se configure dentro das mentes que, perdoe-me, cunhado é parente.

Fique com Deus, compenetrado na decifração dos mistérios cuja fímbria levantei.

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