Nada a ouvir
Nada a falar
Nesta noite fria e inquietante.
Ah, a música sim
Mas já faz parte do meu silêncio
Essa não conta
Pois sempre está a me acompanhar
Silêncio dos inocentes
Silêncio dos anjinhos
Nem sininhos a tocar
Somente a insônia a incomodar
Nem palavras ao vento
Estou a conseguir agrupar
Falta de imaginação
Que veio a calhar
Há quem diga
Que o silêncio
Nos traz a solidão
Mas te digo amigo
O silêncio quando
Acompanhado da breve reflexão
Traz as respostas
Para o momento de introspecção
Estava a ler
Alguns usineiros
Quanta felicidade
Dita aos quatro cantos da Usina
Quantas palavras de amor
Combinadas com o doce sabor
Da paixão, do desejo e do tesão
Todos expressando
Seu verdadeiro sentir
Para aquele que quiser ou não ouvir
Mas quem não gostaria de ouvir
Um te amo sincero
Um coração aberto
A bater para o seu viver
Viver do seu bem amado
Ah, quanta alegria exaltada
E ainda dizem que a paz
Não está reinada
É no doce silêncio desta noite
Que despeço-me
Com a esperança
De ainda assim ouvir
Em meus sonhos
Um pouco distantes
A voz do "real" doce silêncio
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