Não canto verso triste, lacrimoso,
De palavras que minha fé quebrante.
Apesar da morte ainda sou a amante
Que não esquece o amor ditoso...
Onde estiveres, guarda zeloso,
A certeza de que sou teu par constante
Mesmo que tu sejas alma errante,
E o tempo um rio preguiçoso...
No momento em que o sol parte,
E os pássaros voam em bando,
De olhos cerrados me vejo a abraçar-te
Em pensamento, livre, voando...
Entre as almas te procuro. Quero beijar-te
E te ouvir perguntar: - Vens? Quando?
06/05/03.
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