À sociedade civil não cabe transferir suas responsabilidades para o exército ou seja lá para quem mais for. Se delegamos a outrem a responsabilidade que é nossa, aí, os serviços públicos básicos vão continuar sucateados. Como sempre estiveram. E os pra lamentares vão continuar seus mandatos enfatizando a corrupção política direcionando os interesses de seus eleitores para os próprios bolsos, cuecões, sapatões e contas bancárias nacionais e em paraísos fiscais.
Teremos de monitorar os trâmites da Reforma Fiscal, da Reforma Política, entre outros. Do contrário, tudo vai ficar na mesma. Como sempre esteve. Não vamos nos iludir. Os pra lamentares não querem saber de mais nada, uma vez eleitos, senão botar grana nos bolsos e contas bancárias.
Aumentar seus patrimônios pessoais às custas da infelicitação nacional: daí termos uma educação tipo Bolsa-Família que direciona gerações e gerações (antes mesmo da B-F de Lulla Gullag) para o tráfico, o vício em drogas e a prostituição generalizada.
Se continuarmos a fugir de nossos compromissos e interesses enquanto sociedade civil, não teremos nenhum direito institucional a reivindicar. Veja que esses pra lamentares não têm o mínimo interesse em fazer valer a qualidade dos serviços públicos de seus eleitores. Posso citar dezenas de exemplos.
Fiquemos nesse: o código penal de 1940 ainda vigente hoje. Estamos em março de 2015 e os congressistas continuam a cantar aquele refrão sem vergonha daquela cantilena popular: "tô nem aí, tô nem aí, tô nem aí". Enquanto incentivam os "de menores" à matança impune de civis de todas as classes e procedências sociais, ao manter uma lei de maioridade penal anacrônica. Obsoleta.
E ainda hoje, vão votar uma lei de mérito errôneo. Ou seja: maioridade penal a partir dos 16 anos. O que farão as quadrilhas que usam os "de menores" enquanto massa criminosa de manobra a serviço da prostituição e do tráfico? Vão aliciar os exércitos de "de menores" com menos de 16 anos (15,14,13,12) para cometer os crimes que os de dezesseis estarão criminalizados por cometê-los.
Somos uma sociedade cooptada pela corrupção. E ficamos tanto tempo dopados pela impunidade desses senadores e deputados, que hoje, não sabemos como agir de modo a mudar essa situação de insolvência moral, emocional, intelectual, social. Fugimos de todas as oportunidades de mudar isso. E agora queremos fugir de nossas responsabilidades civis para que a intervenção militar constitucional tome nosso lugar de fato e de direito.
