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Artigos-->O Próximo Dilúvio -- 02/04/2002 - 16:45 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos








A água e o ar são os elementos fundamentais para a preservação e continuidade da vida em nosso planeta. Mas a água merece um elogio à parte. Sem a água não poderia, ao menos, usar este computador, que dela também depende, e muito, para funcionar.



É por intermédio da água, como sabemos, que as usinas hidroelétricas produzem a energia que consumimos. Isto quando algum presidente não esquece de investir no setor. Mas deixa prá lá. Com a água, e com a energia que ela permite produzir, movimentamos a indústria e produzimos os bens de que necessitamos. E criamos os empregos de que precisamos. E a iluminação e o lazer também dependem, em grande parte, da energia elétrica.



A água não só é fonte da vida, mas é, também, o seu meio de preservação. Com a água, tomamos banho, lavamos nossas roupas e utensílios, cozinhamos os alimentos, fervemos e preparamos nosso café e, principalmente, nossos chás de todos os sabores, para deleite ou para curar doenças. Com a água, resolvemos os problemas de ordem sanitária, de tratamento de esgotos e de eliminação de doenças. Com a água regamos as plantas, que enfeitam a vida com suas cores, aromas e formas. Com água, regamos hortas e pomares que nos dão a complementação de nossa dieta alimentar: as folhas, os frutos e as leguminosas. E os temperos que dão gosto aos alimentos.



É pela água dos rios e mares que viajamos e descobrimos outros lugares. O Brasil existe, a rigor, por causa da água. Não fosse os oceanos, não estaríamos hoje por essas bandas. E perderíamos a oportunidade de conhecer o Brasil. Com sua música e sua magia. E todo o seu magnífico litoral. E todas as suas floretas, rios e cachoeiras. De todas as regiões brasileiras.



A água é fonte de reserva alimentar. A água é, também, sinônimo de integração entre os povos. Tem, pois, o seu componente político, cujo maior representante, em nosso país, tem sido o rio São Francisco, o rio da unidade nacional.



Desconfia-se, até, que Deus seja brasileiro. Por vários motivos. Mas, particularmente, acredito que o motivo maior esteja no enorme manancial de águas com que ele brindou nossas terras. A Amazônia, com seus rios caudaloso, de águas de todas as cores, de todos os peixes, da pororoca que traduzem a sua imensa e rica biodiversidade. Se fôssemos falar somente da água, ocuparíamos páginas e mais páginas. Mas não é esse o nosso propósito imediato. Apenas tocamos no assunto para colocar, como pano de fundo, o quanto o homem tem sido estúpido, ao poluir nosso planeta, tratando-o com indiferença o próprio ser humano, quando despreza as questões de ordem ecológicas e ambientais.



A ganância e a obsessão pelo dinheiro, tem levado alguns governantes, no mundo inteiro, à uma verdadeira adoração por um outro líquido, o petróleo. Como se o “ouro negro” fosse mais importante do que a água. Petróleo não se bebe e nem mata a sede; e ainda polui o ambiente em que vivemos.



E é pelo petróleo, melhor dizendo, pelo descaso e pela indiferença em relação ao elemento água, que nossas praias, baías e mares têm sido foco de poluição. Vários derramamentos tem ocorrido por causa do transporte que é feito às pressas, sem a necessária segurança, de olho no lucro.



Praias e baias inteiras têm sido palco de destruição e a morte. A morte e a destruição da vida marinha. A morte de seres humanos. Como foi o caso do afundamento da maior plataforma de extração submarina de petróleo, da PETROBRAS, a P-36, aqui no Brasil. No exterior, por sua vez, a luta pelo petróleo é bem mais sofisticada. E mata, também, muito mais gente.



O terrorismo tem sido o álibi usado por grandes potências para disfarçar sua verdadeira intenção. Acabar com as nações onde existam poços de petróleo para deles apoderar-se, sob o manto do combate ao terrorismo mundial. Não é por outra razão que se desenvolvem ações de guerra contra o Iraque, o Afeganistão, o Irã e tantos outros.



E também, pelo mesmo motivo, acredito, os EUA não interfere no verdadeiro genocídio que Israel está praticando contra o povo árabe. Tanques e soldados israelenses invadem os territórios palestinos, à revelia da ONU, destruindo redes de fornecimento de água e de energia, matando civis inocentes e humilhando todo um povo, na pessoa de seu líder Yasser Arafat.



No pressuposto de que ele nada faz para acabar com o terrorismo. Como se isso fosse possível. Como se ele fosse um terrorista. Seria a mesma coisa que culpar o presidente FHC por todos os atos de corrupção no país. Pelo crime organizado. Pela volta da dengue. Pela miséria de grande parte da população brasileira.



Seria a mesma coisa de exigir que os Estados Unidos acabassem com o contrabando de drogas e de armas dentro de seu território. Ou que os americanos acabassem com o terrorismo econômico nas suas relações internacionais, que primam pela prática do “dumpinng”, e outras disfunções do ramo, como, por exemplo, o excesso de gazes poluentes, que aumentam o buraco de ozônio e a temperatura da terra.



Não vejo ações iguais em outras partes do mundo. Onde existe o terrorismo. Na Itália, por exemplo. Na Colômbia. No Peru. Na Irlanda. Em quase todo o continente africano. Na Índia e no Paquistão. E no próprio solo americano, em relação, inclusive, aos grupos de extrema direita que matam por questão de racismo. Ninguém toca no assunto. Por essas e outras razões, penso que estamos próximos de um novo dilúvio.



Tal qual como descrito na Bíblia: “Vendo pois Deus que a malícia dos homens era grande sobre a terra, e que todos os pensamentos dos seus corações, em todo o tempo eram aplicados ao mal: arrependeu-se de ter criado o homem no mundo.” E disse a Noé: “A terra está cheia de iniqüidades, que os homens têm nela cometido, e eu os farei perecer com a terra.” (...) “Faze para ti uma arca de madeira alisada. Farás nela uns pequenos repartimentos, e betumá-la-as por dentro e por fora”. (...) “E eis aqui como a hás de fazer........”Sabe que tenho determinado mandar sobre a terra um dilúvio de águas, e fazer perecer nele todos os animais viventes, que houver debaixo do céu;e tudo que houver sobre a terra será consumido. Eu farei um concerto contigo, e tu entrarás na arca, tu, e teus filhos e tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo. Farás também entrar na arca dois animais de cada espécie, machos e fêmeas , para que vivam contigo. (...) Porque daqui a sete dias hei de chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e hei de destruir da superfície da terra todas as criaturas, que fiz.” (*).



E o novo dilúvio, tudo indica, não será com água. Será, por castigo, acredito, um dilúvio que virá em forma de chuvas torrenciais de petróleo. Com pequenas diferenças.



Na arca, que será construída por um simples operário, temente a Deus, grande conhecedor de seus ensinamentos, e cumpridor de seus deveres, entrarão o referido marceneiro, a esposa, seus filhos e suas respectivas noras e genros, conforme o caso. Nos compartimentos deverão estar, pela ordem, um casal de professores, um casal de cientistas, um casal de músicos, outro de compositores, um casal de escritores e outro só de poetas, um casal de pintores, outro de escultores, um de cantores, um de atores, um de inventores e tantos casais quantas forem as artes e ciências até aqui conhecidas e praticadas para o bem. Mais um casal de médicos e de profissionais de saúde, um casal de juristas de renome, todos os doentes que acreditam em Deus e esperam pela cura, mais um casal de mestres em artes gerais, um casal de cada espécie de ave e animal terrestre e marinho e os melhores livros que foram escritos até agora.





Todo o restante ficará de fora. Os demais pecadores, entre os quais estariam incluídos os banqueiros, empresários, em geral, políticos (com ou sem mandato), policiais civis e militares (corruptos ou não), contrabandistas, líderes de facções criminosas, servidores públicos (com ou sem faltas graves), líderes religiosos, donos de emissoras de televisão, de jornais e de revistas, industriais em geral, principalmente os fabricantes de armas e explosivos, e assim por diante.



Em tempo: Quem demonstrasse franco arrependimento e disposto estivesse a seguir os caminhos de Deus, também seria por Ele abençoado, receberia sua graça e poderia seguir viagem dentro da arca, tal qual o foram os casais selecionados.



(*) Gênesis, 9-18 – A Bíblia Sagrada – Edição Ecumênica





Domingos Oliveira Medeiros

02 de abril de 2002











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