Sob a árvore de grandes galhos,
Como estátua de branca cera,
Chorava o homem até à canseira,
Depois de percorrer os atalhos
Da cidade, em busca de agasalhos,
E razão para uma vida verdadeira
Nesta ingrata Pátria Brasileira,
Onde a injustiça dura como os carvalhos.
Só espera justiça... não esmola
De gente inflamada de fala enganosa
Que, ao sentar-se na cadeira, o povo degola,
Com o cutelo da verdade vergonhosa:
“Matheus, primeiro os meus!...”
Se sobrar algum, vai para os teus!...
27/04/03.
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