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Poesias-->19. PERVERSIDADE NA RIMA -- 23/04/2003 - 08:09 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Mui grandessíssimo otário,

Eis o golpe do vigário

Do plano espiritual.

Não escapa você desta,

Nem que fuja p’ra floresta,

Nem com um rezar banal.



Há de ter muita coragem

Em pegar a tal mensagem,

Sem um sequer titubeio.

Ou você nos tem estima,

Ou é a gana da rima,

Ou é sentimento feio.



Sabemos que a estima cresce,

Quando o bom verso aparece,

Conteúdo e formosura.

Mas nos diz que é bem cedo,

P’ra de nós ter grande medo,

Inda menos nesta altura.



Quem nos quiser ajudar

Que comece devagar

A rascunhar os versinhos.

Depois de luta renhida,

Já se passou toda a vida:

Não farão mal os espinhos.



Queridíssimo escrevente,

Você, queremos que agüente

Tudo, tudo com mais calma.

Se for para se enervar,

Escolha um outro lugar:

Neste aqui, não “lava a alma”.



Jesus daria um conselho:

— “Mire-se você no espelho,

Quando estiver bem zangado.

Assimile a carantonha

E, se ficar com vergonha,

Ponha a tal zanga de lado.”



Ao tomar-se de paixão,

Consulte o seu coração,

Sobre o amor do seu vizinho.

Será falso ou verdadeiro?

Será que o seu vem primeiro,

A oferecer bom carinho?



Que culpa tem toda a gente,

Se é você que a zanga sente?

É melhor ser mais cordato.

Não há nada a se ganhar

Em pôr “de pernas p’ro ar”

O bazar, co’espalhafato.



Como é bela essa figura!

Pensa logo a criatura

Em apanhar os botões,

Ali no chão, de gatinhas.;

Em enrolar as fitinhas.;

Em recompor corações.



Quem chegou com as ofensas

Fez estrofes bem extensas,

Sem proveito p’ra ninguém,

Até que pediu perdão,

Por chamar “otário” o irmão,

Sem nenhum golpe também.



Mas aproveitou os versos

Cujos sons não são perversos,

Para fazer algo bom.

Demonstrou alguma estima,

Como evidenciou acima,

Tendo Jesus dado o tom.



Perversidade na rima

É bem este o nosso clima,

Nestas tardes de poesia.

Mas não importa se erramos,

Desde que pendam dos ramos

Os frutos desta alegria.



Caminhamos uma légua,

Nestes momentos de trégua,

No plano espiritual.

É que a palavra distrai,

Quando pedimos ao Pai

Que nos afaste do mal.



Sentimentos superiores

Vão afastar-nos das dores,

Nestes instantes felizes.;

Mais ainda, se soubermos

Que as alegrias que dermos

Nos corações põem raízes.



Se a vida lhe for sofrida,

Saiba que a gente convida

A que sinta a nossa dor:

Sofrimento partilhado

Põe egoísmo de lado.;

Recrudesce o nosso amor.



Vão dizer: — “Não basta a nossa,

Querem até que se possa

Agüentar a dor alheia.”

Se dessa forma ocorrer,

Saberão que é de dever

Julgar a dor menos feia.



Quanto a nós, sempre estaremos

A carregar os seus remos,

Esforçando-nos deveras.

Não nos chamem “burros xucros”,

Se desconhecem os lucros

Que se dão nestas esferas.



Mas fazemos sem malícia,

Que há rigorosa polícia,

P’ra saber se se falseia.

Ao fazer versos formosos,

Se não se sentirem gozos,

A tarefa fica feia.



Aceite, pois, nosso empenho,

Dizendo: — “Aqui, hoje, eu venho,

Com o coração na mão,

Buscando ajudar quem sofre,

Abrindo a porta do cofre,

Sem falar a ninguém: — Não!”



Espiritismo é abrigo

Que se dá a todo amigo

Que se deseja ver são.

Uma palavra de aviso,

Promessas de paraíso:

Caridade é salvação.



Lembranças de Jesus Cristo?

Diga sempre: — “Não resisto

Às lições do caro Mestre.

Que estoure meu coração,

Mas os meus amores vão

Abarcar o orbe terrestre!”



Pensamento em desalinho?

Na verdade o tal carinho

Dá Jesus a todos nós.

Inda assim, é só um pouco

E não faça ouvido mouco:

Ouça bem a nossa voz.



Atendeu ao bom conselho?

Já foi mirar-se no espelho?

Como anda a sua zanga?

Envergonhou-se de todo?

Quer dar-nos perdão a rodo?

Vai livrar-se dessa canga?



Ficam aí as perguntas.

Não responda a todas juntas:

Uma a uma é bem melhor.

Peça ajuda superior,

Discutindo co’o mentor,

P’ra saber tudo de cor.



Ao terminar o trabalho,

Estenda o seu agasalho,

Para algum irmão carente.

Quem se sente mais perfeito

Tem um coração no peito

A dizer sempre: — “Presente!”



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