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Poesias-->17. PEDRO -- 21/04/2003 - 10:22 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Pedro chegou-se a Jesus:

— “Mestre, por que nos conduz

Por este mundo sem fim?

Não será mais proveitoso

Que entremos, logo, no gozo

De anjo e de querubim?”



Jesus, eterna paciência,

Consternou-se co’a insciência,

Mas lhe propôs um dilema:

Como é que poderia,

Sabendo que alguém sofria,

Ter felicidade extrema?



Não lhe deu Pedro respostas,

Mas voltou-se sobre as costas,

Para esconder o seu pranto.

Viu a fome que grassava,

Quando a seca os assolava,

Tirando da vida o encanto.



Até hoje, o tal dilema

Contém a questão suprema

Da caridade evangélica.

Há uma multidão que sofre,

Mas o dinheiro do cofre

Serve só p’ra arte bélica.



Porém, existe esperança,

Pois a caridade avança,

Que os Pedros se multiplicam.

Cristianismo redivivo,

O povo está mais ativo,

As almas se modificam.



Mas são tantos os que morrem...

Como também os que correm

Em auxílio, nos dois planos.

Se não der tempo, na Terra,

O trabalho não se encerra:

Não haverá desenganos.



A morte é problema sério,

Que se resolve no etéreo,

Com toda a simplicidade.

Bem pior é ter o mal

Como fator mui normal,

P’ra nossa felicidade.



Hão de inquirir, astuciosos,

Se Jesus tem os seus gozos,

Apesar da dor alheia.

Ou se lá, na eterna esfera,

Todo o povo está à espera

E, no auxílio, titubeia.



A compreensão para a dor

Causa de início pavor,

Nas idéias de injustiça.

A consciência sofre um pouco,

Se se faz ouvido mouco,

Por não se enfrentar a liça.



Mas o dever se reparte.

Cada cidadão, destarte,

Tem responsabilidade.

Assumirá compromisso

Quem não se deu ao serviço,

No campo da caridade.



Por isso, a seara cresce,

Pois o trabalho aparece,

Na proporção desses fardos.

Quem se perdeu, no deserto,

Sobreviveu, quando, esperto,

Viu alimento nos cardos.



Serenidade é preciso,

P’ra se manter o juízo

Equilibrado na vida.

Caso a lição de Jesus

A um dilema se reduz,

Está no amor a saída.



Pedro se doou inteiro,

Mas negou Jesus primeiro,

Como nos fala a Escritura.

Essa mesma condição

Há para quem disse “não”,

Mas tornou a alma pura.



Quer ser feliz, no porvir,

Sem parar de progredir?

Pense no amor de Jesus.

E dedique, direitinho,

A cada irmão um carinho,

Sem reclamar dessa cruz.



— “Mas não me sinto seguro.

Gostaria de ser puro

E me vejo malicioso.

Quando dou alguma esmola,

Minha mente sempre bola

Como reverter em gozo.”



O despertar da consciência,

Conquanto sem inocência,

Aponta p’ra redenção.

O arrepender-se não tarda:

Está cosendo-se a farda

De um bom soldado cristão.



Este que aos humanos fala

Suas malícias não cala

Nem dos males faz segredo.

A imperfeição grassa solta,

Mas a alma segue envolta

Em manta que esconde o medo.



A nossa idéia do bom

É desenvolver o dom

De ajudar, sem ver o custo.

Vale qualquer sacrifício,

Para remover o vício:

Com Jesus, não se tem susto.



Veja como é pobre o verso

— Rima rude, som perverso —,

A refletir nossa mente.

Mas, por trás da tal ruindade,

Atuamos com bondade:

É assim que a turma sente.



Tal exemplo é valioso

E não seria formoso,

Se houvesse sombra do mal.

Não existe ingenuidade,

Mas proceder com piedade

Torna a consciência normal.



Pedro, hoje, abre as portas,

Se cultivarmos as hortas

Das virtudes peregrinas,

Mas o bom de tudo isso

É temperar com serviço

A salada das doutrinas.



Se disfarçarmos o pranto,

Saberá Jesus o encanto

De seus ensinos de luz,

Pois, se o sofrimento alheio

Não nos causar titubeio,

Não há de ser nossa cruz.



Oremos com devoção,

“Nesta forma de canção”,

Tendo o amor por estribilho.

Agradeçamos ao Pai

Mais um dia que se vai:

Assim procede o bom filho.



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